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SÃO PAULO – Faltam dois dias para que o Senado dê início à fase final do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Com o prazo se esgotando tanto para quem é a favor quanto para quem é contra o impedimento, os dois lados vão se mobilizando em busca de apoio.
O presidente em exercício Michel Temer tem intensifica o corpo a corpo com os senadores à véspera do julgamento. Entre segunda-feira e esta terça-feira, Temer já incluiu em sua agenda oficial encontros com nove senadores.
No final desta manhã, Temer recebeu em audiência Edson Lobão (PMDB-MA), João Alberto Souza (PMDB-MA) e Roberto Rocha (PSB-MA): os dois últimos não têm declarado seus votos na fase final, ressalta a Folha de S. Paulo. Os três também estão na mira da presidente afastada Dilma Rousseff.
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O Nordeste é o foco de Temer: na tarde desta terça, ele tem agendas com Ciro Nogueira (PP-PI) e Eduardo Amorim (PSC-SE). Isso porque a região é considerada um dos principais redutos eleitorais petistas no país; desta forma, há receio do Palácio do Planalto de que os parlamentares sofram pressão de suas bases eleitorais para mudar o voto na fase final. O governo interino também teme que o discurso emotivo da presidente afastada marcado para a segunda-feira (29), no Senado Federal, possa virar votos na última hora.
A expectativa do Palácio do Planalto é de conseguir pelo menos 62 votos, incluindo o do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), que não decidiu ainda se votará. Temer trabalha assim para ampliar a margem de votos em relação à sessão que tornou Dilma ré no processo de impeachment, quando 59 senadores votaram a favor do prosseguimento do processo e 21 votaram contra.