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SÃO PAULO – A pressão sobre o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para que a economia comece a dar sinais claros de recuperação se intensificou nos últimos dias simultaneamente ao agravamento da crise política em Brasília. Os últimos números do PIB (Produto Interno Bruto) e a queda do nível de investimentos provocaram uma onda de queixas ao comandante do “dream team” do mercado, conforme aponta nota da coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
Conta o jornal que existe um clima de frustração no Planalto, que ainda se vê prejudicado pela percepção de desarranjo institucional. Em uma tentativa de atender às pressões e conquistar sobrevida com a coalizão, o governo Michel Temer já anunciou que deverá encaminhar para o Congresso o texto da Reforma da Previdência ainda em dezembro.
Em outro flanco, a gestão do peemedebista procura atrair o PSDB para as decisões de governo, evitando assim que ganhem força as especulações sobre alternativas ao comando de Michel Temer — como recentemente circulou envolvendo o nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
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Conforme conta reportagem d’O Globo publicada nesta sexta-feira, há previsão de, nas próximas semanas, uma reunião entre técnicos econômicos do governo com o economista Armínio Fraga — principal nome tucano na área e que chegou a ser sondado para integrar o governo durante o processo de formação da equipe.
O encontro, articulado pelas cúpulas de PMDB e PSDB, tenta animar a economia real, para evitar que a recessão e o desemprego tragam notícias ainda mais desagradáveis. Conta a reportagem que a presença de Fraga se faz vital para os esforços do governo em promover medidas que tenham efeito no curto prazo, sobretudo em um momento em que Meirelles perde forças.