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SÃO PAULO – O ministro Herman Benjamin, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), determinou nesta segunda-feira (13) que o trecho do depoimento do ex-presidente da Construtora Norberto Odebrecht, Benedicto Júnior, referente à chapa do então candidato tucano à presidência, Aécio Neves (MG), seja “tarjado” nas transcrições que constarão nos autos da ação sobre a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB).
A decisão atende um pedido feito pelo PSDB, que alega que as menções ao partido e à candidatura de Aécio no depoimento somente se prestaram a “uma indevida exploração política patrocinada junto à imprensa, com a finalidade exclusiva de causar danos à imagem do PSDB, e ao seu presidente, Aécio Neves”.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, no despacho o ministro considerou “lamentável” o vazamento de depoimentos de delatores da Odebrecht no âmbito da ação que apura se a chapa Dilma-Temer cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger em 2014.
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O Estadão já havia publicado uma matéria dizendo que em depoimento prestado ao TSE, Benedicto Júnior afirmou que na campanha de 2014 repassou R$ 9 milhões a políticos do PSDB e do PP e ao marqueteiro tucano a pedido de Aécio Neves – presidente nacional da sigla. Segundo Benedicto, a doação foi feita via caixa 2. O senador nega ter sido citado no depoimento e diz que, segundo Marcelo Odebrecht, as doações foram feitas “oficialmente, via caixa 1”.