Austrália e mineradoras chegam a acordo e evitam “Super Taxa” sobre lucros

Proposta inicial previa imposto de 40% sobre qualquer lucro acima de um retorno de 6% dos investimentos na Austrália

Bruna Marques Cortez

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SÃO PAULO – A novela envolvendo a insatisfação das mineradoras australianas com a proposta de taxação do governo do país chegou ao fim nesta sexta-feira (2), com um acordo aparentemente razoável para ambas as partes envolvidas.

A taxação aos recursos minerais será de 30% sobre lucros que superarem em 6% os investimentos feitos pelas empresas, e também será aplicada ao minério de ferro e carvão. No caso dos projetos de petróleo e gás, o imposto será de 40%, conforme informou o governo da Austrália.

“Nós estivemos presos a essa discussão por muito tempo. Isso vai acabar com incertezas e divisões”, afirmou a primeira ministra do país, Julia Gillard nesta sexta-feira.

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Em comunicado oficial, a BHP Billiton e a Rio Tinto disseram se sentir encorajadas pela decisão. A Xstrata, por sua vez, já declarou que vai retomar seus projetos no país.

Vitória
Com o acordo, a primeira ministra Julia Gillard chega ao fim de um impasse que custou ao seu antecessor, Kevin Rudd, seu próprio cargo. A proposta inicial de Rudd defendia que as mineradoras pagassem uma taxa de 40%.