Plenário da Câmara pode votar hoje aumento do capital estrangeiro na aviação

Deputados poderão autorizar regra que permite mudança no controle de companhias aéreas nacionais. Atualmente, o Código Brasileiro de Aeronáutica limita em 20% a participação de estrangeiros no setor

Equipe InfoMoney

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O Plenário da Câmara dos Deputados poderá votar nesta terça-feira (13) o projeto de lei que permite o controle de companhias aéreas nacionais por capital estrangeiro (PL 7425/17).

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou também que pretende colocar em votação propostas cujos autores são deputados. A escolha dos projetos deve ser feita nesta terça.

De autoria do Poder Executivo, o Projeto de Lei 7425/17 tranca a pauta por tramitar com urgência constitucional. A proposta também transforma o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) em Agência Brasileira de Promoção do Turismo (com a mesma nomenclatura Embratur).

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Sobre o controle das aéreas, o texto modifica o Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7.565/86), que hoje limita em 20% a participação do capital estrangeiro. O governo alega que a ampliação desse capital no setor aéreo permitirá o aumento da competição, a desconcentração do mercado doméstico e o aumento da quantidade de cidades e rotas atendidas.

Quanto à Embratur, o projeto transforma a Embratur, que funciona como autarquia, em serviço social autônomo, com a atribuição de formular e executar ações de promoção do Brasil, no exterior, como destino turístico.

Opiniões de parlamentares

O deputado Carlos Zarattini (SP), líder do PT, criticou o projeto. Segundo ele, a proposta vai gerar redução da rede aérea no Brasil. O deputado também é contrário à transformação da Embratur em uma agência semelhante à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), que faz promoção de produtos e serviços brasileiros no exterior.

Já o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), vice-líder do governo, afirmou que a expansão do capital estrangeiro nas empresas aéreas brasileiras vai trazer benefícios ao consumidor. Para ele, com a mudança, a Embratur vai ficar mais ágil e o turismo vai se expandir.