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SÃO PAULO – Perguntado sobre o cenário para as eleições de 2018, Cristovam Buarque (PPS-DF) afirmou que não planejou candidatura para a presidência com seu partido, mas se for convocado não vai fugir do pleito: “numa eleição em que Jair Bolsonaro pode chegar ao segundo turno, nenhum patriota tem o direito de não aceitar disputar”, revelou o senador em entrevista ao jornal Correio Braziliense.
“O Bolsonaro é uma excrescência da democracia. Não podemos deixar que isso vá adiante. Mas temos que reconhecer que o prestígio dele ocorre de que parte da ditadura não foi enterrada e porque, nós democratas, cometemos muitos erros nesses últimos 30 anos (…) é o pior de todos os coronéis da política”, não economizou nas palavras Cristovam Buarque.
Sobre a atual crise política, o senador afirmou que “ainda não completamos o impeachment” e essa etapa somente será concluída com a cassação de Michel Temer, deixando bem clara sua posição sobre a denúncia contra o presidente. Apesar disso, Cristovam Buarque se mostrou a favor da agenda de reformas para a retomada da economia: “temos que adaptar a economia à realidade do momento. A realidade exige reforma trabalhista, exige reforma fiscal, exige reforma na educação. Os grupos corporativos não querem essas reformas e outros estão caindo na narrativa de que essas medidas são escravocratas. Eu tento debater, mas ninguém quer discutir”.