Lula se diz “estarrecido” com pergunta do Datafolha que mostra brasileiros apoiando a sua prisão

Ele ainda questionou percentual de intenções de voto no Datafolha, que lhe dá 35% de intenções de voto: 'eles sabem que eu poderia ter 40%'

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em evento na noite da última segunda-feira (2) no Rio de Janeiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter ficado “estarrecido” com pergunta da pesquisa Datafolha divulgada na segunda-feira, em que aponta que 54% dos entrevistados acham que ele deveria ser preso.

“Hoje (ontem), fiquei estarrecido. A Folha de S.Paulo  faz uma pergunta com a seguinte frase: Você acha que o Lula deve ser preso em função das denúncias da Lava Jato? E 56% dizem que eu deveria ser preso. A pergunta não é essa. A Polícia Federal mente quando faz inquérito, o Ministério Público mente quando faz denúncia e o senhor Moro não deveria aceitar. Mas como está predestinado a não deixar Lula voltar, vai aceitar todas as mentiras”, contestou. “Todo dia eles me prendem, todo dia inventam um crime que eu não cometi”, afirmou Lula. 

O ex-presidente ainda contestou os números da pesquisa de intenção de voto para a presidência em 2018, em que ele aparece na frente em todos os cenários com ao menos 35% das intenções de voto.  Lula afirmou que “poderia ter 40%”, 5 pontos percentuais a mais do que revelou o levantamento. 

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“A surpresa deles foi pegar a pesquisa no sábado. Eu tinha 35%. E eles sabem que eu poderia ter 40%. E aí eles não se conformaram”, disse o ex-presidente. De acordo com Lula, a pergunta feita na pesquisa divulgada na segunda-feira sobre se a população defendia sua prisão induziu a uma resposta negativa.

O petista voltou a desafiar o Ministério Público, a Polícia Federal e o juiz Sérgio Moro a “apresentar uma única prova de um real desviado”. Ele ainda afirmou que, retornando à presidência, lançará um referendo revogatório para desfazer medidas tomadas durante o governo de Michel Temer. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.