Antonio Imbassahy pede para sair do governo

Considerada um dos entraves para o avanço da reforma, exoneração de ministro abre a possibilidade de nova distribuição de cargo entre bancadas mais fiéis no parlamento

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB), pediu, nesta sexta-feira (8), para deixar o governo, informou a Secretaria Especial de Comunicação Social do Planalto. A exoneração ocorre um dia antes da convenção nacional tucana, que deve eleger o governador Geraldo Alckmin novo presidente do partido e firmar o desembarque da base do governo Michel Temer.

O movimento é visto como positivo e altamente esperado para o avanço da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, uma vez que permite ao governo a distribuição de mais um cargo importante a alguma bancada mais fiel da base aliada. As expectativas são de que o PMDB, partido do presidente, fique com o cargo. Há duas semanas, o governo chegou a anunciar o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) como novo titular da pasta, mas logo recuou.

Na carta em que oficializa o pedido, o tucano escreveu que vai continuar contribuindo com a atual gestão na Câmara, onde tem mandato de deputado pela Bahia. “Fazer parte do seu governo foi, para mim, uma honra. Atuar na articulação política em um período de radicalização pós-impeachment, com uma grande fragmentação partidária, em meio a enormes dificuldades econômicas e fiscais, representou um grande desafio”, afirmou Imbassahy.

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O governo luta contra o tempo para fazer as movimentações possíveis para reverter votos suficientes e conquistar apoio de pelo menos 308 deputados, necessários na aprovação da reforma da Previdência. A ideia é votar a proposta ainda neste ano. A data estabelecida para isso é 18 de novembro, mas que pode ser alterada caso os esforços do Planalto não se mostrem exitosos.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.