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A pesquisa Datafolha, primeiro levantamento nacional do instituto depois do ataque a Jair Bolsonaro, mostra que, a despeito da oscilação positiva das intenções de voto no deputado, a comoção criada com o atentado não foi suficiente para inverter a trajetória de alta em sua rejeição, que até se intensificou. Os eleitores que dizem não votar de jeito nenhum no deputado saltaram de 39% em 22 de agosto para 43% agora.
Na avaliação da XP Política sobre o impacto político do ataque a Bolsonaro, afirmou-se que o evento lhe renderia votos, mas que não resolveria sua eleição. Não resolveu.
Sobre isso, o professor e cientista político Carlos Melo também foi muito feliz em seu texto “não se deve confundir solidariedade pessoal com adesão eleitoral”. Recomendamos a leitura.
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Ao lado dos resultados nos cenários de segundo turno – em que o congressista melhorou apenas na disputa contra Marina Silva e está numericamente atrás de todos os rivais – inclusive agora Bolsonaro também perderia para Fernando Haddad –, o dado é importante porque, mesmo com o atentado, mostra a sequência de um movimento que já ocorria na campanha até então: Bolsonaro fideliza os próprios eleitores, mas cria barreiras para acessar um eleitorado além do seu próprio. O crescimento de seu voto espontâneo, que agora atinge 20%, reforça a tese.
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Notável o crescimento de Ciro Gomes nos cenários de primeiro e segundo turnos e a queda expressiva de Marina Silva no primeiro turno e as oscilações negativas nos cenários de segundo turno. Marina nunca esteve nos cenários da XP Política como candidata competitiva, e as últimas pesquisas tem confirmado isso.
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Importante notar que a queda expressiva nas intenções de voto de Lula no cenário espontâneo, de 20% para 9%, são em parte compensadas pelo crescimento de Fernando Haddad, de 0% para 4%, e pelas menções a “13”, “candidato do Lula” e “candidato do PT”, que somam 2%.
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