Bolsa de Tóquio despenca de 7,3% na maior queda desde 2011

Fracos dados do setor industrial da China e comentários conservadores de Bernanke, do Fed, contribuiram para a maior correção do índice japonês desde março do ano passado

Reuters

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CINGAPURA – Comentários conservadores do chairman do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, Ben Bernanke, e a fraqueza na atividade industrial da China afetaram os mercados asiáticos nesta quinta-feira, pressionando as ações para baixo.

Os mercados acionários seguiram a queda nas ações dos Estados Unidos, depois que declarações de Bernanke no Congresso norte-americano levantaram temores de redução antes do esperado no estímulo monetário do Fed.

Um resultado fraco no Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria da China somou-se aos temores sobre a recuperação da segunda maior economia do mundo, pressionando o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, que às 8h03 (horário de Brasília), caía 2,19 por cento.

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O índice Nikkei do Japão recuou 7,32 por cento – maior queda desde março de 2011 -, após ter inicialmente subido para nova máxima de 5 anos e meio, prejudicado pela queda nos títulos do governo japonês, assim pela fraca atividade industrial na China, um dos principais mercados de exportação do Japão.

A leitura preliminar do PMI industrial do HSBC da China para maio caiu para 49,6, indo abaixo a marca de 50 que separa crescimento de contração pela primeira vez desde outubro.

As ações em Hong Kong caminharam para a pior perda diária em sete semanas, com queda de 2,54 por cento. Na Austrália, o mercado teve perdas de 1,99 por cento, as ações sul-coreanas recuaram 1,24 por cento.

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As ações de Xangai retrocederam 1,16 por cento. A bolsa de Taiwan perdeu 1,92 por cento, enquanto Cingapura teve queda de 1,77 por cento.