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SÃO PAULO – Após um final de 2012 e começo de 2013 turbulentos, a economia norte-americana parece estar se amenizando um pouco dos problemas, sinal disso são os índices acionários atingindo máximas históricas. Mesmo com um cenário relativamente positivo no momento, a Austin Rating projeta uma economia com crescimento baixo para os EUA.
Para os analistas da agência, o país deve apresentar um crescimento de 2,1% em 2013 e 2,9% no ano seguinte, sendo que o potêncial norte-americano está próximo de 3,5%. Uma das grandes questões ainda gira em torno das dúvidas fiscais e a necessidade de estímulos à atividade econômica, com destaque para a recuperação consistente do nível de emprego.
No final do ano passado, um dos grandes temores ficou sobre o chamado “abismo fiscal”. Democratas e republicanos realizaram diversas reuniões para tentar encontrar uma solução para a questão, sendo que a manutenção dos juros baixos para famílias de classe média no país era uma das medidas apontadas. A resposta só foi encontrada na data limite, 1º de janeiro de 2013, quando a manutenção de juros baixos foi mantida e o governo adiou por alguns meses o tal abismo nas contas.
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2013 e os novos desafios
Entre outros estímulos econômicos destacados pela Austin, o QE3 (Quantitative Easing) é um dos pontos de maior destaque para ajudar o país a se recuperar. Em setembro de 2012, o Federal Reserve anunciou um plano para realizar compras de US$ 40 bilhões em títulos segurados por hipotecas nos EUA por mês para ajudar o país a se recuperar.
A discussão agora fica se o Fed irá acabar com o pacote de estímulo, já que a economia começa a dar sinais de recuperação, ou se vai manter por mais tempo. Após a reunião do Fomc (Federal Open Market Comittee) ocorrida em fevereiro, analistas e economistas passaram a discutir qual seria o próximo passo da autoridade monetária em sua ajuda aos EUA.
Mais um ponto de destaque nos últimos meses, o “sequestro” chamou a atenção neste começo de ano. Com as dificuldades enfrentadas pelo governo, mais uma vez republicanos e democratas passaram a debater qual a melhor forma de evitar maiores gastos, mais uma vez, os dois partidos não chegaram a um acordo exato e o “sequestro” entrou em vigor. A medida cortou automáticamente, no dia 1º de março, US$ 85 bilhões de dólares do orçamento governamental.
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Recuperação chinesa
Para a China, a Austin tem a expectativa de retomada do nível de crescimento para níveis próximo de 9%, destacando que o país ainda passa pelo processo de êxodo rural e que há a necessidade de absorver essa mão de obra nova no mercado de trabalho. Além disso, eles apontam para a redução do benefício que os baixos custos de produção incorriam na taxa de inflação.
Por fim, uma dificuldade que o governo deve ter é a necessidade de controlar os níveis de endividamento das famílias em virtude do próprio efeito de sofisticação do sistema financeiro do país, além do aumento do mercado de crédito.