PIB do Brasil vai superar o alemão até 2020 caso mantenha expansão, diz Austin

Projeções da agência de risco brasileira mostra que a economia do País deverá crescer 3,7% em 2013 e 4,3% no ano seguinte

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SÃO PAULO – Apesar de estar apresentando expansão menor, o Brasil continua atraente como investimento, e o ano de 2013 aparece como uma esperança para a retomada da economia, diz relatório elaborado pela agência de classificação de risco Austin Rating, publicado nesta quarta-feira (5).

O Brasil, se continuar no atual patamar de crescimento, superará os PIBs (Produtos Internos Bruto) da Alemanha e da França – que hoje ocupam a 4ª e a 5ª posição no ranking, respectivamente – até 2020. A expectativa é que a economia do País evolua 3,7% em 2013 e 4,3% no ano seguinte.

“Mesmo diante das dificuldades, o Brasil passa por um momento ímpar em sua história, com crescimento econômico e contínua atração de investimentos”, escreveu o economista-chefe, Alex Agostini. “Nos países desenvolvidos, o ano de 2012 foi marcado por nova onda da crise financeira e o ano de 2013 surge como esperança para a reconstrução econômica”, acrescenta.

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A agência reforça que o quadro macroeconômico estimula uma revisão positiva para os ratings do País, atuais em BBB em moeda estrangeira e BBB+ em moeda local.

Segundo o estudo, o próximo ano será um período de consolidação de emergentes, como, além do Brasil, China e Índia, como relevantes players no cenário econômico global.

A essência do rumo da economia continuará pautada pela dinâmica do cenário externo, em maior proporção, em detrimento da habilidade da administração pública e da autoridade monetária em amenizar os impactos da crise externa  deletérios da isobre a atividade econômica doméstica.

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De acordo com a Austin, a crise na zona do euro deverá perder força em 2013, mas, ainda assim, o crescimento mais robusto dos países do grupo ainda deverá demorar a se concretizar, por conta dos elevados níveis de endividamento, pelos programas de ajuste fiscal em curso e, principalmente, pelo risco financeiro ainda presente nas economias mais fragilizadas.

Para garantir crescimento, País terá que fazer reformas
Para se destacar, contudo, o País tem que fazer começar a agir para garantir um crescimento forte até nos próximos 30 anos. Entre as medidas, a agência frisa a necessidade de encontrar equilíbrio das contas fiscais, para poder tocar investimentos em áreas estratégicas, como em infraestrutura logística, e também para realizar reformas estruturais nas áreas tributária, trabalhista, previdenciária e política.

“Somente com a situação fiscal consolidando seu nível de equilíbrio é que será possível o País proporcionar com eficiência grandes projetos da agenda econômica, como os relacionados ao pré-sal e á realização dos eventos esportivos”, realça Agostini.

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Expansão do apetite doméstico
Segundo o estudo, o volume de crédito no País deverá aumentar, impulsionado por retomada do emprego e da renda, atingindo recorde histórico de cerca de 55% do PIB.

O montante apesar de ser o maior ja registrado, ainda está bem abaixo do volume apresentado por outros emergentes, que é, em média, 100% do PIB. O foco das operações de crédito realizadas pelas pessoas físicas deverá ficar no financiamento de veículos e imóveis, aponta o relatório.