Ibovespa está a “ponto de bala”, mas pressão sobre abismo fiscal prevalece

Índice deve buscar os 60.000 pontos até o final do ano, mas recuperação seguirá em ritmo lento, diz analista

Paula Barra

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SÃO PAULO – Em sessão de forte volatilidade, o Ibovespa marcou mais uma queda na última quinta-feira (16) de 0,26%, aos 59.316 pontos, pressionado pela revisão para baixo na perspectiva do rating do Reino Unido, realizado pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s. 

O mercado ainda refletiu as falas do presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, John Boehner, que afimou que há “chance zero” do Congresso abrir mão do seu controle sobre a elevação do limite da dívida federal.

As divergências entre os congressistas norte-americanos se mostram cada vez mais insolúveis. Dias atrás, Boehner já sinalizado sobre “sérias diferenças” com o presidente Barack Obama sobre como resolver o abismo fiscal previsto para o final do ano. 

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Esse tema deve seguir no holofote do mercado até ser solucionado, o que vai estremer ainda as bolsas nesse final de ano. “Embora a tendência seja positiva do Ibovespa, ainda devemos ver movimentos instáveis nos próximos pregões”, disse o analista Ivanor Torres.

É preciso vencer os 60 mil pontos…
Segundo ele, o índice está “a ponto de bala”, tentando romper os 60.000 pontos, mas até lá o mercado vai “aproveitar” essa indefinições sobre a questão política fiscal norte-americana para manter essa volatilidade vista nos últimos pregões. 

Já na agenda econômica desta sessão, o investidor deve acompanhar os dados de preço ao consumidor e produção industrial nos Estados Unidos, além da divulgação do IBC-Br no Brasil, o PIB divulgado pelo Banco Central referente ao mês de outubro. O indicador deve mostrar uma aceleração de 0,2% na comparação mensal, segundo estimativa da LCA Consultoria.