Poucos negócios e maior aversão ao risco devem marcar mercado no início da semana

Sem dados relevantes na agenda, principal foco será discussão sobre a questão fiscal dos EUA

Paula Barra

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SÃO PAULO – As duas principais empresas da bolsa brasileiras – Vale (VALE3; VALE5) e Petrobras (PETR3; PETR4) – puxaram o Ibovespa na última sexta-feira (14), que terminou a sessão com alta de 0,49%, aos 59.604 pontos. Já na semana, o índice fechou com ganhos de 1,91%. 

Os dados econômicos da China e Europa também contribuíram para o otimismo dos investidores, além do IBC-BR de outubro, que é considerado a prévia do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, que veio acima das expectativas dos especialistas. 

Mas o ânimo visto na semana passada deve cessar e o mercado pode passar por um período mais neutro no final deste ano, disse Clodoir Vieira, economista-chefe da Souza Barros. 

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A situação norte-americana ainda preocupa e deve ser o principal tema até que os líderes dos EUA entrem num acordo, o que deve trazer maior aversão ao risco e redução no ritmo de negócios em dezembro, comenta. A questão fiscal dos EUA ameaça levar a economia do país a uma nova recessão e abala a tomada de risco dos investidores e, segundo Vieira, os políticos norte-americanos devem “empurrar com a barriga” um acordo até o prazo máximo, dia 31 de dezembro.

Vencimento de opções é destaque da agenda
Já a agenda econômica seguirá enfraquecida, com destaque para a sondagem industrial de Nova York, referente ao mês de dezembro. No Brasil, o mercado acompanha os dois indicadores tradicionalmente divulgados na segunda-feira: o resultado semanal do balança comercial e as novas projeções para a economia no relatório Focus. 

O principal destaque, contudo, fica na Bovespa, com o vencimento das opções de ações.