Otimismo com acordo do abismo fiscal deve sustentar ganhos do Ibovespa

Além de indicadores econômicos, discussões sobre "fiscal cliff" devem acalentar noticiário

Paula Barra

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SÃO PAULO – Em meio ao bom humor internacional, o Ibovespa rompeu pela primeira vez na última terça-feira (18) a barreira dos 60.000 pontos desde outubro, e atingiu o maior patamar desde setembro. O índice fechou a sessão com ganhos de 1,50%, aos 60.460 pontos. 

As discussões sobre o abismo fiscal estão intensificando a cada dia entre republicanos e democratas, e foram o centro das atenções na última sessão, quando as propostas dos líderes norte-americanos deslizaram novamente. 

Depois da contraproposta apresentada por Barack Obama no fim da segunda-feira, o representante republicano na Câmara dos Deputados, John Boehner, disse em coletiva de imprensa que continuará negociando ao mesmo tempo e apresentou um “plano B”, onde defende o aumento de impostos para salários acima de US$ 1 milhão, e não de US$ 400 mil, como proposto por Obama.

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Entretanto, Harry Reid, líder democrata no Senado, disse que o “plano B” não passará pelo Congresso, já que não pede o suficiente em aumento de impostos. Apesar disso, Boehner declarou estar confiante de que chegará a um acordo com o presidente

Foco segue no abismo fiscal
O cenário não deve mudar muito nesse pregão, quando o questão sobre o “fiscal cliff” seguirá no holofote do mercado. “Mas os investidores parecem animados com essa questão, e ainda deve sustentar novas altas do índice”, disse o analista Luis Gustavo Pereira, da Futura Investimentos. 

Um otimismo que vem puxando as ações ligadas a materiais básicos, como mineração e siderúrgica, que conseguem capturar essa perspectiva positivo com o mercado norte-americano, avalia. 

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Os líderes norte-americanos têm até dia 21 de dezembro para entrar em algum acordo, mas também pode ser adiado a data limite para Congresso entrar de férias. Até lá, o mercado ainda alimenta uma esperança de que republicanos e democratas se entendam para evitar uma recessão econômica, uma das consequências do abismo fiscal que vem sendo levantadas pelos especialistas. 

Indicadores econômicos
Já entre os indicadores econômicos, o mercado deve acompanhar a divulgação da ata do BoE (Bank of England), além do IPCA-15 e segunda prévia do IGP-M no Brasil. 

Nos Estados Unidos, os destaques ficam com os indicadores do mercado imobiliário: pedido de hipotecas e novas construções residenciais.