Atividade industrial mostra queda em maio e Fiesp reduz PIB para 2012

Por sua vez, no acumulado de 12 meses, o nível de atividade da indústria sem ajuste sazonal foi negativo em 3,1%

Graziele Oliveira

Publicidade

SÃO PAULO – A atividade da indústria paulista, medida pelo indicador INA (Índice Nacional de Atividade) da Fiesp/Ciesp, desacelerou 0,6% em maio sobre abril, na série com ajuste sazonal, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (28). No acumulado de 12 meses, o nível de atividade da indústria sem ajuste sazonal foi negativo em 3,1%. O indicador também mostra queda no acumulado de janeiro a maio de 2012 em relação ao mesmo período de 2011 (-6,3%).

Deste modo, a Fiesp revisou para baixo seu prognóstico para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2012, para 1,8% no final deste ano frente à expectativa anterior de 2,6%. Já o PIB da Indústria de transformação deve fechar o ano com 0,8% negativo, segundo a instituição.

O previsão atual da Fiesp para o INA é que o indicador encerre o ano com queda de 2,1%, em relação ao desempenho de 2011, quando apresentou crescimento de 0,6%.

Continua depois da publicidade

A entidade ainda estima que o processo de recuperação da atividade deve começar de forma lenta e gradual no segundo semestre, período no qual o conjunto de medidas de estimulo a produção pode começar a surtir efeito.

Capacidade InstaladaO Nível de Utilização da Capacidade Instalada apresentou alta de um ponto percentual, passando de 80,6% em abril para 81,6% em maio deste ano. Já na leitura com ajuste sazonal, o componente apresentou pequena queda, 80,4% no mês passado contra 81% em abril deste ano.

De acordo com o levantamento, a variação negativa de 6,3% no acumulado do ano é a pior da série iniciada em 2003, a queda só foi superada pela de 2009, quando o índice teve o seu pior desempenho com uma excepcional baixa de 12,9% entre janeiro e maio.

Continua depois da publicidade

Assim, conforme o relatório do indicador, a produção industrial deve encerrar o ano com baixo desempenho dado o cenário de crise internacional. “A indústria de transformação não vai bem, e ainda não chegou a esperada recuperação”, afirmou Paulo Francini, diretor do Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas (Depecon) da Fiesp.

Projeções