Publicidade
SÃO PAULO – Preferido dos fundos, os juros sobre capital próprio – ou “JSCP” para os mais íntimos – sofreram uma mudança na regra. Para coibir a prática do aluguel de ações para embolsar os 15% de impostos que não recaíam sobre os fundos, por não serem eles os verdadeiros portadores da ação, o governo passa a taxar todos os detentores de papéis beneficiados com os JSCP com essa alíquota (saiba mais clicando aqui). O importante dessa mudança é que agora também muda a forma como se calcula o ajuste no histórico de cotações deste papel.
Assim como ocorre com os dividendos, uma distribuição de JSCP significa um ajuste no preço da ação, uma vez que o valor do provento será retirado do preço do papel – na prática, é como se tirasse um pedaço da ação e colocasse no bolso dos acionistas. Para fazer esse ajuste, agora será necessário já calcular com o valor do JSCP deduzido de imposto. Ou seja, faz-se o ajuste sobre o valor líquido ou multiplica-se o valor bruto por 0,85 (100% – 15%, referente ao imposto de renda), obtendo-se o valor líquido.
Dessa maneira, para se calcular o ajuste do JSCP, usa-se a mesma fórmula do ajuste do dividendo: preço de fechamento da ação antes do dia “ex” menos o dividendo dividido pelo preço de fechamento da ação antes do dia “ex”. O ajuste é feito para a série histórica para não parecer que houve queda no preço da ação por ocasião da distribuição do provento.
Não perca a oportunidade!
Um exemplo disso que ocorreu hoje foi com as ações da Porto Seguro (PSSA3) que se tornaram “ex”-juros sobre capital próprio nesta quinta-feira (30). Para ajustar o preço histórico das ações da seguradora com a distribuição de proventos, é preciso pegar o valor da ação no fechamento de ontem, R$ 29,45, e subtrair pelo valor líquido do provento, que é R$ 0,619871 – valor bruto multiplicado por 0,85. O resultado dessa operação é o novo valor da ação: R$ 28,92.