Petrobras despenca em Frankfurt, prejuízo da CSN e mais 8 ações para monitorar nesta sexta

Entre os papéis que o investidor deve ficar de olho estão os da BM&FBovespa, que após divulgar resultados teve recomendação elevada para compra pelo Santander, além da Kroton que também reverteu lucro em prejuízo

Marina Neves

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SÃO PAULO – A temporada de resultados chega ao fim nesta sexta-feira (14), o que faz com que o mercado fique cada vez mais de olho nos balanços do terceiro trimestre que são divulgados pelas companhias até o final do dia. Hoje, o mercado deverá ficar de olho nas ações da Petrobras (PETR3; PETR4), que revelou ontem que não divulgará seus resultados no prazo estabelecido pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que se esgota hoje. A petrolífera disse que pretende divulgar suas demonstrações financeiras no dia 12 de dezembro. Vale mencionar que nesta manhã as ações da companhia caíam 7,5% na Bolsa de Frankfurt.

CSN (CSNA3)
A companhia divulgou seu resultado na manhã desta sexta-feira, revertendo lucro de R$ 499,7 milhões em prejuízo consolidado de R$ 250 milhões, de acordo com a empresa, “basicamente pelo menor resultado operacional no trimestre”. Já a receita líquida atingiu R$ 3,9 milhões, uma redução de 17% em relação aos R$ 4,7 milhões registrados em igual período do ano passado. O Ebitda ajustado da companhia ficou em R$ 977 milhões, uma queda de 41% na comparação com igual período do ano passado, quando ficou em R$ 1,65 bilhão. 

BR Insurance (BRIN3)
A companhia divulgou lucro líquido ajustado de R$ 14 milhões no terceiro trimestre deste ano, uma queda de 57% quando comparado ao terceiro trimestre de 2013. A receita líquida ficou em R$ 58,3 milhões no terceiro trimestre de 2014, uma queda de 21,5% sobre os R$ 74,3 milhões do mesmo período do ano passado. No período, as despesas operacionais totalizaram R$ 51,4 milhões, um aumento de 63,6% quando comparadas mesmo período de 2013.

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Kroton (KROT3)
A maior empresa de educação do país teve lucro líquido de R$ 213 milhões no terceiro trimestre, ante resultado positivo de R$ 99,5 milhões um ano antes, quando ainda não incorporava em seus números os resultados da Anhanguera, com quem se fundiu.

No período, a geração de caixa medida pelo Ebitda somou R$ 354,8 milhões, ante R$ 180,9 milhões em igual etapa de 2013. Analistas esperavam, em média, lucro líquido de R$ 272 milhões e Ebitda de R$ 352 milhões para o período, segundo pesquisa da Reuters.

Rossi (RSID3)
A companhia divulgou nesta sexta-feira prejuízo líquido de R$ 265,1 milhões no terceiro trimestre, revertendo resultado positivo de R$ 2,1 milhões registrado um ano antes. No período, o Ebitda ficou negativo em R$ 165,8 milhões, ante Ebitda positivo de R$ 55,6 milhões no mesmo trimestre de 2013. Já o Ebitda ajustado ficou negativo em R$ 65 milhões, contra expectativa de analistas de Ebitda ajustado positivo de R$ 47,5 milhões no trimestre.

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Cyrela (CYRE3)
A construtora e incorporadora teve lucro líquido de R$ 179 milhões no terceiro trimestre, alta de 2,6% na comparação anual, informou a companhia na quinta-feira. No período, a geração de caixa da Cyrela foi de R$ 187 milhões, ante consumo de caixa de R$ 35 milhões um ano antes.

A receita líquida da companhia cresceu 15,7% ano a ano, para R$ 1,614 bilhão. Entre julho e setembro, os lançamentos da construtora e incorporadora (sem considerar parceiros) caíram 49,3% ano a ano, enquanto as vendas tiveram declínio de 24,7%. Neste trimestre, a empresa vendeu 18,1% do seu estoque pronto no início do período. O Ebitda foi de R$ 279 milhões entre julho e setembro, queda anual de 2,8%.

Sabesp (SBSP3)
A companhia de saneamento do teve lucro R$ 91,5 milhões no terceiro trimestre, uma queda de cerca de 81% em relação ao resultado obtido um ano antes. O balanço foi atingido por crescimento nos custos da empresa diante de uma receita praticamente estável, além de uma expansão no resultado financeiro negativo, que mais que dobrou para R$ 337,8 milhões.

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Segundo dados disponibilizados pela empresa, a receita operacional líquida somou R$ 2,82 bilhões no terceiro trimestre, alta de cerca de 2% sobre o registrado um ano antes. Enquanto isso, os custos dos bens e serviços vendidos subiram 21%, a R$ 1,98 bilhão.O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado caiu 28,8% na mesma base de comparação, a R$ 742,4 milhões.

Cemig (CMIG4)
O grupo mineiro de eletricidade teve forte queda do lucro líquido no terceiro trimestre, apresentando R$ 29,06 milhões no período, queda de 96% na comparação com mesma época de 2013, quando o lucro foi de R$ 788,84 milhões. A receita consolidada somou R$ 3,8 bilhões no terceiro trimestre, alta de 8,07% na comparação anual, com alta de 11,4% do fornecimento bruto de energia elétrica. O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 213 milhões, alta de 78,6%.

O Ebitda foi de R$ 513,1 milhões, queda de 60,2% ante mesmo período de 2013. A empresa atribuiu a redução do Ebitda à queda de 129,34% do resultado da equivalência patrimonial, decorrente do resultado negativo da Madeira Energia, associada ao crescimento nos custos e despesas operacionais.

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BM&FBovespa (BVMF3)
A BM&FBovespa divulgou seu balanço para o terceiro trimestre na quinta, demonstrando lucro líquido de R$ 238,4 milhões, abaixo da estimativa realizada pela Bloomberg de R$ 387 milhões, e abaixo também do demonstrado no mesmo período do ano passado, quando mostrou R$ 281,6 milhões. A receita líquida da companhia foi de R$ 546 milhões, 2% maior que os R$ 535,4 milhões registrados em 2013.

Entre os principais destaques dos resultados da companhia estiveram ainda a receita total, que mesmo permanecendo estável na comparação com o igual período do ano passado, aumentou 15,1% na comparação trimestral. Além disto, o volume médio diário negociado no segmento BM&F cresceu 7,3% na comparação trimestral, mas foi compensado pela queda de 6,4% da receita por contrato média no mesmo período.

Vale mencionar também que os papéis da companhia foram elevados de manutenção para compra pelo Santander, que reduziu estimativas de volumes e lucro: “Apesar de notícias negativas poderem continuar segurando volumes, acreditamos que os níveis atuais de dividendos podem levar BVMF3 a superar o IBOV”, diz relatório.