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SÃO PAULO – A Petrobras (PETR3, PETR4) enviou comunicado na noite desta terça-feira (21) esclarecendo os rumores de mercado com relação à aquisição de parte do capital da Refap, refinaria pertencente ao grupo Repsol.
Segundo a nota emitida, o valor da aquisição, de US$ 350 milhões, inclui também 30% dos estoques da refinaria na data da execução do contrato, de aproximadamente US$ 130 milhões. Além disso, o contrato considera a retenção dos lucros da obtidos pela Refap no exercício de 2010. “Até o 3T10, a parcela da Repsol no lucro representava US$ 40 milhões”, diz a estatal.
Sobre a parcela de US$ 500 milhões da Repsol na dívida da Refap, a Petrobras informa que esta já estava consolidada em seu balanço patrimonial, não causando impactos no seu endividamento total.
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No que se refere à estratégia, a Petrobras informa que a aquisição traz sinergias tanto nas demais operações de refino quanto na alocação do petróleo produzidos no Brasil. “Espera-se uma elevação no nível de processamento de petróleos nacionais de 43% para até 93% nessa refinaria, com ganhos importantes no custo de logística e em produção de derivados para o atendimento ao mercado, ao integrá-la no parque de refino brasileiro”, comenta.
Mudança de cenários
Ademais, a empresa ressalta a importância de avaliar a diferença de cenários existentes entre o que se vê hoje e na época da troca de ativos, realizada em 2001. Segundo a Petro, o barril de petróleo naquela época estava em US$ 19 o barril, enquanto que atualmente ele encontra-se a US$ 92 o barril. Já a margem de refino cresceu de 2,9 pontos para 10,8 pontos no mesmo período.
Por fim, a venda da participação para a Repsol foi efetuada pelo valor de US$ 500 milhões, “que incluíam ainda a participação de 10% no bloco de Albacora Leste e postos de serviços”, explica a petrolífera.
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Avanços
O comunicado destaca ainda que, após a troca de ativos, foram realizados investimentos de US$ 1,4 bilhão na refinaria, que resultaram no aumento da capacidade de 130 mil bpd (barril produzido por dia) para 190 mil bpd – alta de 46%. “Os principais projetos desenvolvidos foram a construção da Unidade de Craqueamento Catalítico de Resíduos (RFCC), Unidade de Coqueamento Retardado (UCR), Unidade de Hidrotratamento (HDT) e Unidade de Geração de Hidrogênio (UGH)”, ressalta.
A Petrobras finaliza o comunicado dizendo que o mercado atendido pela refinaria encontra-se em pleno crescimento, “fato que diferencia a perspectiva de retorno desta refinaria se comparada com outras localizadas em mercados em retração ou estagnados”.
