Barclays eleva preço-alvo para os ADRs da TIM, mas mantém recomendação

Banco comenta ainda as notícias de que a empresa pretenderia migrar para o Novo Mercado, considerando-as improváveis

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SÃO PAULO – Avaliando projeção de desempenho da empresa para o ano de 2010, o Barclays Capital elevou o preço-alvo para os ADRs (American Depoistary Receipts) da TIM Participações (TCSL3, TCSL4) em US$ 1, para US$ 37,00 por papel. Entretanto, o banco de investimentos manteve a recomendação de equal weight (peso em linha com a média do portfólio).

Em relatório, o analista Michel Morin reforçou que a empresa passa por um forte momentum no final deste ano. Entretanto, ele diminuiu as projeções de lucro por ADR para 2011 em 9%, atingindo US$ 1,66. A projeção se baseia na expectativa de aumento das despesas reais em 2010, no crescimento robusto da base de assinantes e, por fim, na perspectiva de a Tim adquirir alguma banda no próximo leilão da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

Assim, de acordo os analistas, mesmo com a redução na projeção do lucro por ADR, a projeção representa um crescimento total de 68% nos ganhos da empresa na comparação anual. As estimativas já refletem adoção do padrão contábil IFRS, que deve ser implementado no quarto trimestre de 2010.

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Improváveis rumores
O Barclays ainda comentou os rumores quanto à possibilidade da TIM substituir as ações preferenciais por ordinárias, visando a migração para o Novo Mercado da BM&F Bovespa. Michel Morin ressalta a alta improbabilidade de que isso aconteça, uma vez que a medida reduziria a força de sua acionista controladora, a Telecom Italia.

“Isto porque a listagem no Novo Mercado promove direitos de tag along de 100% caso aconteçam mudanças no controle, implicando que a Telecom Italia estaria essencialmente e voluntariamente “dividindo” qualquer prêmio de controle futuro com todos os acionistas”, explica o analista. Segundo ele, esse é um dos motivo porque o prêmio das ações ordinárias em relação aos papéis preferenciais caiu para o menor patamar em cinco anos, de 21%, frente aos 55% vistos em julho e à média de cinco anos, de 47%.