Petrobras, Brookfield e prejuízo bilionário da OSX agitam noticiário; veja mais

Entre os destaques, Petrobras assina contrato com a YPFB para fornecimento de gás natural e Moody's rebaixa rating da Brookfield

Paula Barra

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SÃO PAULO – Com a semana mais curta por conta do feriado na sexta-feira, a quinta-feira (17) conta com uma agenda corporativa movimentada. A Petrobras (PETR3; PETR4) informou nesta quarta-feira que assinou com a estatal boliviana YPFB novo contrato para fornecimento de gás natural à Usina Termelétrica Mário Covas (também chamada de UTE Cuiabá), no Mato Grosso. 

O contrato prevê a importação de 2,24 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural boliviano. O acordo tem vigência até 30 de agosto deste ano. “Os 2,24 milhões de m3/dia demandados pela UTE Cuiabá serão entregues por meio do Gasoduto Bolívia-Mato Grosso e se somarão aos 30 milhões de m3/dia que o Brasil já importa do país vizinho através do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol)”, disse a Petrobras em comunicado.

CPFL vende energia para Furnas
A CPFL Energia (CPFE3) vendeu energia hidrelétrica de Serra da Mesa, em Goiás, em contrato de longo prazo à Furnas, subsidiária do Grupo Eletrobras (ELET3; ELET6) que pretende oferecer no leilão A-0, usado para contratação emergencial ou imediata, marcado para 30 de abril.

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Furnas pagará um valor bruto de R$ 182,9 por megawatt-hora (MWh) pela energia comprada da CPFL, em um contrato até abril de 2028, e venderá essa energia no leilão A-0, que busca reduzir a descontratação das distribuidoras de energia. O leilão terá contratos de energia de cinco anos e oito meses, e o preço máximo de energia hidrelétrica a ser vendida será de R$ 271 por megawatt-hora. 

Moody’s rebaixa rating da Brookfield
A Moody’s rebaixou na véspera o rating da Brookfield Incorporações (BISA3) de Ba3 para B1 em escala global e deixou a nota em revisão para mais rebaixamento, disse a agência. O corte ocorreu após os resultados de 2013, considerados mais fracos do que o esperado. A nota em escala nacional também foi rebaixada de A3.br para Baa2.br.

Segundo a Moody’s, o resultado da incorporadora também foi pressionado por uma performance operacional mais baixa do que o esperado, em meio a uma elevada alavancagem e fraca métrica de crédito.

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OSX tem prejuízo líquido de R$ 2,4 bi em 2013
A empresa de construção naval do grupo de Eike Batista, a OSX (OSXB3), teve prejuízo líquido de R$ 2,4 bilhões em 2013, frente a um resultado negativo de R$ 32,7 milhões no ano anterior. A empresa teve Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) negativo de R$ 2,26 bilhões no ano passado, na comparação com um resultado positivo de R$ 40,2 milhões em 2012. 

A receita líquida somou R$ 745,1 milhões, aumento de 71,8% na comparação com o ano anterior, relativa aos contratos de afretamento e operação e manutenção das plataformas OSX-1 e OSX-3 e à construção do navio lançador de linha (PLSV) para o cliente Sapura, informou a empresa em relatório.

A empresa encerrou o ano com um endividamento consolidado de R$ 5,027 bilhões, sendo 85,2% de curto prazo e 14,8% de longo prazo. “A OSX vem negociando as condições de seus empréstimos e financiamentos, buscando adequá-los ao plano de recuperação judicial da companhia”, disse a OSX. Tanto OSX como a petroleira do grupo EBX, a OGPar (OGXP3), ex-OGX, estão em processo de recuperação judicial.

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Randon atinge receita de R$ 369,1 mi em março
A Randon (RAPT4) informou seus dados operacionais de março nesta manhã. Segundo a empresa, sua receita líquida consolidada no mês passado atingiu R$ 369,1 milhões, crescimento de 3,8% na comparação com março de 2013. No acumulado do ano, a receita líquida totalizou R$ 965,9 milhões, queda de 0,9% na comparação com janeiro a março do ano passado. A receita bruta total (sem eliminação e com impostos) em março foi de R$ 550,8 milhões, ou 0,5% a menos do que no mesmo mês de 2013. No trimestre, a receita bruta alcançou R$ 1,5 bilhão, 4,2% a menos do que no mesmo período do ano anterior. 

BHG adquire 70 unidades hoteleiras 
A BHG (BHGR3) adquiriu 70 unidades hoteleiras do hotel The Capital e da totalidade das cotas da GC Administradora de Bens, empresa responsável pela operação hoteleira e condominal. O edifício contém 308 apartamentos, dos quais 188 pertencem atualmente ao pool hoteleiro, que será integralmente administrado pela BHG. O valor da transação total, que contempla as unidades e a administradora, foi de R$ 39,1 milhões. A necessidade de investimentos em retrofit e adequações de sistemas é baixa e será financiada através do Fundo de Reserva do Hotel, informou a empresa.