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SÃO PAULO – O Ibovespa diminuiu as perdas registradas durante a tarde desta sexta-feira (25), mas não evitou nova perda e fechou em queda de 0,81%, a 51.399 pontos.
Com isso, o índice interrompeu uma sequência de cinco semanas de alta ao fechar o período em queda de 1,54%, em uma semana mais curta devido ao feriado de Tiradentes, na segunda-feira, em que a BM&FBovespa ficou fechada. O volume financeiro desta sexta-feira ficou em R$ 5,31 bilhões.
A maior parte das bolsas mundiais tem um dia de queda, reagindo as tensões crescentes envolvendo Ucrânia e Rússia. Na véspera, forças ucranianas mataram cinco rebeldes pró-Moscou enquanto se aproximavam de um refúgio militar separatista no leste do país.
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A Rússia, em resposta, deu início a exercício militares perto da fronteira, exaltando os temores de que tropas russas possam intervir na região. E, nesta sessão, os ânimos ficaram ainda mais exaltados após a Rússia dizer que a Ucrânia pagaria caro por “crime sangrento”.
Vale ressaltar que o presidente dos EUA, Barack Obama, disse estar preparado para sanções caso a Rússia aumente as ações em apoio aos rebeldes no país. Durante uma conferência por telefone, Obama e líderes do governo da Alemanha, França, Reino Unido e Itália, que compõem o G-7. Funcionários do presidente dos EUA disseram que à agência de notícias Bloomberg informaram que não serão anunciadas novas sanções até o fim desta semana, mas a situação pode mudar logo no início da próxima semana.
Nos EUA, o dia foi de indicadores mistos. Enquanto a confiança do consumidor dos EUA subiu mais que o esperado em abril, para a máxima de 9 meses, o setor de serviços se expandiu em abril a um ritmo mais lento do que no mês anterior uma vez que a criação de emprego desacelerou, conforme destacou o PMI.
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Já no Brasil, destaque para a nota do setor externo do BC, que voltou a preocupar o mercado. O déficit em transações correntes foi de US$ 6,248 bilhões em março, sem que o rombo tivesse sido coberto pelos investimentos produtivos, em mais um sinal de deterioração das contas externas do país.
Rossi despenca 6%; Vale cai
As ações da Rossi (RSID3) despencaram 6,51% nesta sessão, sendo cotadas a R$ 1,58, devolvendo os ganhos dos últimos dois pregões. Na mínima do dia, os papéis da imobiliária chegaram a cair 7,69%, a R$ 1,56.
Nesta manhã, a empresa informou que os acionistas minoritários, representados pela Vinci Equities Gestora de Recursos, anunciaram a indicação de Luis Oliveira Perego para a integrar o quadro de candidatos na eleição para o conselho de administração da empresa. A reunião para eleição dos membros do conselho será realizada no próximo dia 28, segunda-feira.
As ações da Cia Hering (HGTX3) também chamam atenção ao registrar queda de 3,47% nesta sessão, a R$ 24,06, figurando entre as maiores quedas do Ibovespa nesta sexta-feira, em meio a divulgação de resultado fraco no primeiro trimestre. A empresa viu seu lucro líquido recuar 6,9% no primeiro trimestre, fechando em R$ 64,6 milhões, resultado ficou abaixo do esperado pelo mercado. Enquanto isso, a receita líquida teve leve alta de 3,9% no período, para R$ 394,4 milhões.
Em destaque, estão ainda as ações da Vale (VALE3;VALE5), que fecharam em forte queda e devolveram os ganhos da véspera, apesar da boa notícia da véspera para a empresa que levou a forte dos papéis na última quinta-feira. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu ontem a favor da Vale no processo que discute a tributação do lucro de controladas da companhia no exterior. A decisão é um precedente favorável para outras companhias na mesma situação, porém, cabe recurso. Na sessão desta quinta-feira, por maioria dos votos, a 1ª Turma afastou a incidência de Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) sobre o lucro de controladas da Vale na Bélgica, Dinamarca e Luxemburgo. O Brasil possui tratados para evitar a bitributação com os três países.
Segundo a XP, a notícia é boa e pode fazer preço no curto prazo, entretanto, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional já se pronunciou dizendo que, quando intimada da publicação do acórdão, analisará recursos cabíveis pelo próprio STJ ou pelo STF, logo cabe recurso e haverá mais novidades a respeito no futuro próximo.
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As maiores baixas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram:
| Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano |
|---|---|---|---|---|
| RSID3 | ROSSI RESID ON | 1,58 | -6,51 | -22,55 |
| OIBR4 | OI PN | 2,51 | -4,92 | -30,08 |
| PDGR3 | PDG REALT ON | 1,33 | -4,32 | -26,52 |
| ENBR3 | ENERGIAS BR ON | 10,37 | -3,98 | -8,63 |
| HGTX3 | CIA HERING ON ED | 23,94 | -3,47 | -18,97 |
As ações da ALL (ALLL3) subiram 4,86%, a R$ 8,85, liderando os ganhos do Ibovespa. O papel dá continuidade ao movimento da véspera, quando fecharam com valorização de 1,44%. O JP Morgan elevou a recomendação para a ação, de neutra para overweight (acima da média do mercado), tendo em vista as sinergias iniciais da fusão com a Rumo.
As maiores altas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram:
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| Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano |
|---|---|---|---|---|
| ALLL3 | ALL AMER LAT ON | 8,85 | +4,86 | +34,98 |
| TIMP3 | TIM PART S/A ON | 11,58 | +4,23 | -6,08 |
| KROT3 | KROTON ON | 46,90 | +3,30 | +19,72 |
| NATU3 | NATURA ON | 38,42 | +1,00 | -4,01 |
| ITUB4 | ITAUUNIBANCO PN | 36,85 | +0,96 | +19,80 |
As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram :
| Código | Ativo | Cot R$ | Var % | Vol1 |
|---|---|---|---|---|
| PETR4 | PETROBRAS PN | 16,03 | -0,62 | 496,59M |
| ITUB4 | ITAUUNIBANCO PN | 36,85 | +0,96 | 429,95M |
| VALE5 | VALE PNA EJ | 27,50 | -2,31 | 307,86M |
| BBDC4 | BRADESCO PN | 33,53 | -0,21 | 230,92M |
| PETR3 | PETROBRAS ON | 15,12 | -1,11 | 187,92M |
| VALE3 | VALE ON EJ | 30,32 | -1,53 | 140,20M |
| KROT3 | KROTON ON | 46,90 | +3,30 | 133,40M |
| ABEV3 | AMBEV S/A ON | 17,27 | -0,75 | 130,82M |
| ITSA4 | ITAUSA PN | 9,87 | 0,00 | 119,03M |
| CIEL3 | CIELO ON | 38,42 | -1,11 | 106,35M |
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)
Europa e Ásia
Os índices acionários da Ásia encerraram o último pregão da semana em queda, tendo o Nikkei, benchmark do Japão, como exceção. O índice japonês Nikkei oscilou entre território positivo e negativo em uma sessão extremamente instável antes de fechar em alta de 0,17%, após ter começado o pregão solidamente em baixa em meio a uma decepção sobre uma tentativa fracassada sobre o acerto de um acordo comercial entre o Japão e os Estados Unidos. O Nikkei tem queda de 0,6% na semana e acumula perda de 11,4% o até o momento em 2014.
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Já o índice Shangai Composto, da China, fechou o dia com queda de 1,00%, enquanto o Hang Seng teve perdas mais acentuadas e encerrou queda de 1,50%.
Na Europa, a situação envolvendo Rússia e Ucrânia deixou investidores cautelosos. Apesar de resultados do primeiro trimestre de algumas empresas vierem acima de estimativas, as bolsas no continente seguem em queda. Com a piora da situação, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s cortou o rating em moeda estrangeira e local da Rússia. A agência de risco rebaixou a classificação para “BBB-/A-3”.
Dados divulgados no Reino Unido mostraram que as vendas no varejo superaram as estimativas do mercado. O volume de vendas no varejo cresceu 1% no mês. No ano, o índice atingiu crescimento de 4,2%, mostrou o Escritório Nacional de Estatísticas.