Nem Vivo, TIM ou Oi! UBS vê América Móvil como grande da telefonia móvel na AL

Empresa de Carlos Slim, que controla a Claro, vem com um plano agressivo e promete acirrar a disputa pelo mercado doméstico

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Nem TIM (TCSL4), nem Vivo (VIVO4) ou Oi (BRTO3;BRTO4). Para o estrategista Tomás Lajous, do UBS, a empresa de telefonia móvel mais promissora da América Latina é a América Móvil, empresa do homem mais rico do mundo, Carlos Slim, que no Brasil controla a Claro.

Presente no Investor Day da empresa, o analista do banco suíço se mostrou bastante otimista com o guidance da empresa, apesar de ficar com um pé atrás em relação ao nível de investimento para os próximos anos.

A América Móvil pretende manter um ritmo anual de crescimento de suas receitas entre 6% e 8% até 2014, e avanços anuais de 7% a 9% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Com relação ao Capex, este deve atingir um pico de US$ 8 bilhões no ano que vem para depois retrair forte, para apenas 10% das receitas, segundo as projeções da administração.

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Competidora de peso
Lajous revela que a América Móvil gera, atualmente, cerca de US$ 10 bilhões em fluxo de caixa livre por ano, uma marca invejável. “Acreditamos que nenhuma outra companhia na América Latina pode fazer o mesmo, mesmo que algumas outras – Petrobras (PETR3, PETR4) e Vale (VALE3, VALE5) – tenham o potencial para isso”, dispara. 

Segundo o estrategista, caso o guidance da empresa se confirme, ela irá apresentar taxas anuais de crescimento de dois dígitos no fluxo de caixa livre nos próximos cinco anos, o significa que o índice poderá se aproximar da marca dos US$ 15 bilhões anuais já em 2014. Este cenário, aponta Lajous, apenas “ressalta nossa tese de investimento”. 

Claro
Mas o que estas projeções tão agressivas trazem de impacto para o mercado brasileiro? Maior competição. Como destaca Tomás Lajous, Carlos Zenteno, o novo head da Claro, disse que a companhia será tão agressiva quanto for necessário com seus competidores, fazendo uso de sua infraestrutura para ganhar market share, mas mantendo o foco na lucratividade. O analista da UBS puxa o histórico do executivo, que já chefiou a divisão argentina do grupo, para dar seu voto de confiança na estratégia traçada.