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SÃO PAULO – Ao vender ações da antiga OGX Petróleo (OGXP3), atual OGPar, antes que informações importantes tivessem sido reveladas ao mercado, o empresário Eike Batista teria obtido um lucro entre R$ 124 milhões e R$ 126 milhões.
É o que aponta o pedido apresentado pelo MPF (Ministério Público Federal) para que a Justiça Federal solicitasse sequestro de R$ 122 milhões em bens do empresário, conforme aponta a Folha de S. Paulo. Quando as informações foram divulgadas ao público, o preço das ações despencou.
O documento apresentado pelo MP relata que entre 24 de maio e 10 de junho de 2013, Eike teria vendido 197 milhões de papéis OGXP3 sendo que vinte dias depois a companhia divulgou fato relevante trazendo dúvidas sobre a viabilidade econômica de campos na bacia de Campos. Se Eike tivesse vendido os papéis depois da divulgação do fato relevante, ele teria recebido entre R$ 124 milhões e R$ 126 milhões a menos.
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A Procuradoria também destacou que Eike e a OGX também omitiram de outro fato relevante a informação de que o empresário só faria a injeção de R$ 1 bilhão através do exercício da “put” (opção de venda) caso o plano de negócios não fosse modificado.
Em nota apresentada ao jornal O Estado de S. Paulo, Eike negou o uso de informação privilegiada para obter ganhos no mercado financeiro e informou que recorrerá ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região para revogar a liminar que sequestrou os bens. “Eike Batista mais uma vez nega a prática de qualquer irregularidade e irá apresentar recurso ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região para revogar a liminar e cancelar o bloqueio efetivado”, destacou a nota assinada pelos advogados Ary Bergher, Sergio Bermudes e Darwin Corrêa.