Após disparar na 6ª, MMX, LLX e Oi despencam; Marfrig sobe 3% com “ajuda” do BNDES

Outras ações que subiram forte na última sexta-feira registram baixa nesta sessão, como LLX, B2W e Vanguarda Agro

Paula Barra

Igarape, 04 de novembro de 2011Imagens das minas de minerio de ferro Tico Tico e Ipe, da empresa MMX, no complexo Serra Azul.Foto: Bruno Magalhaes / Nitro

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SÃO PAULO – O Ibovespa registra queda de 0,53% às 15h45 (horário de Brasília) nesta sessão, a 50.709 pontos. Com a mudança de nova carteira do índice nesta segunda-feira, uma série de ações apresentam movimentos de correção depois da disparada da última sessão. Ações que subiram forte na sexta-feira (3) passada viraram para queda acentuada hoje, como é o caso da Prumo Logística Global (LLXL3, -12,31%, R$ 1,14), ex-LLX, MMX Mineração (MMXM3, -12,94%, R$ 0,74), Oi (OIBR3, -5,16%, R$ 4,23 ; OIBR4, -0,97%, R$ 4,07) e Vanguarda Agro (VAGR3, -1,09%, R$ 3,63), que registravam às 12h15 (horário de Brasília). No último pregão, esses ativos registraram altas de 32,65%, 26,87%, 27,07%, 17,43%, 11,04%10,21%, respectivamente.

O rebalanceamento do índice foi realizado no fim da semana passada. Foram incluídas na nova carteira, que vigora de hoje até 6 de maio, as ações da BB Seguridade (BBSE3, -2,05%, R$ 22,95), Ecorodovias (ECOR3, -2,46%, R$ 13,85), Estácio (ESTC3, +1,94%, R$ 20,01), Even (EVEN3, -0,38%, R$ 7,82), Tractebel (TBLE3, -1,53%, R$ 35,94) e Qualicorp (QUAL3, +1,56%, R$ 22,16). Por sua vez, saem os papéis da B2W (BTOW3, +0,53%, R$ 15,07), Transmissão Paulista (TRPL4, -2,68%, R$ 26,47), MMX Mineração, Vanguarda Agro e as ações ordinárias da Oi e Usiminas (USIM3, +2,43%, R$ 12,64).

Além disso, chama atenção nesta sessão a TIM Brasil (TIMP3), cujas ações registram leve queda de 0,89%, a R$ 13,30, após atingir queda mínima de 3,80%, a R$ 12,91, depois que a empresa espanhola Telefónica negou consórcio com Oi e a mexicana América Móvil, dona da Claro, para adquirir a companhia brasileira. Além disso, a companhia espanhola afirmou que não possui detalhes de nenhuma transação do tipo que seja importante revelar ao mercado. Na última sexta-feira, os papéis subiram 10,73% com o rumor de venda. 

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Outros destaques:

Marfrig
Por outro lado, os papéis da Marfrig (MRFG3) registram valorização de 3,02% – a maior do Ibovespa -, sendo cotados a R$ 4,09. Segundo matéria da Folha de S. Paulo, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) voltou a favorecer a empresa e aceitou adiar em um ano e meio o vencimento de uma debênture de R$ 2,15 bilhões da Marfrig, passando de junho de 2015 para janeiro de 2017. Além de adiar o vencimento das debêntures, o frigorífico terá mais seis meses para pagar R$ 130 milhões em juros da dívida, que venceriam em junho, além de poder converter as debêntures em ações a um preço muito acima do mercado. O BNDESPar, braço de investimentos do banco de fomento, se comprometeu a pagar a quantia de R$ 21,50 por ação da Marfrig em 2017. 

Fleury
Notícia veiculada na Bloomberg citando que três compradores estariam disputando a compra da Fleury (FLRY3) repercutiu no preço das ações da companhia na Bovespa nesta segunda-feira (6). Os papéis da rede de laboratórios sobem 1,20%, a R$ 18,62. Mais cedo, eles chegaram a valer R$ 19,23, indicando alta de 4,2% em relação ao fechamento anterior. 
Segundo a notícia, que cita três pessoas familiarizadas no assunto, os fundos de private equity, Carlyle e KKR, estão em conversas para adquirir a empresa, em um negócio que pode chegar a US$ 1,2 bilhão, ou R$ 2,9 bilhões – um pouco abaixo do valor de mercado da empresa atualmente, de R$ 2,875 bilhões. Mais dois candidatos também estariam na disputa: a gestora de recursos Gávea, do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, e o fundo de private equity Apax Partners LLP, disseram as fontes à agência de notícias.

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Sabesp
Já as ações da Sabesp (SBSP3) recuam 2,70%, sendo cotadas a R$ 25,25, nesta sessão. Matéria do Valor aponta que a empresa de saneamento deve começar 2014 em um ambiente relativamente tranquilo, após um 2013 com diversos momentos de preocupação. Os seguidos adiamentos na revisão tarifária foram o principal ponto de tensão, ressaltando pelo diretor de relações com investidores da empresa, Mário de Arruda Sampaio, em entrevista à publicação. Entretanto, com o desenrolar do processo, a empresa retoma com uma agenda positiva, que indica que a implementação da primeira revisão tarifária deve ser concluída até 10 de março de 2014.

Braskem 
As ações da Braskem (BRKM5) caem 0,78%, a R$ 20,45, mas chegaram a atingir desvalorização de 2,09% na mínima do dia, a R$ 20,18. A 
CNV (Comissão de Valores da Argentina) rejeitou a OPA (Oferta Pública de Aquisição) lançada pela Braskem sobre a Solvay Indupa, a segunda maior fabricante de PVC do Brasil. A Comissão argumentou, em comunicado, que a oferta não alcança os requerimentos necessários de preço equitativo, uma vez que a oferta é de 1,35 peso por ação, que não guarda nenhuma relação nem com o valor da companhia em seus livros, que é de 2,81 pesos, nem com os valores médios de cotação que, no último semestre, foi de 3,92 pesos. A comissão pediu explicações à Braskem sobre a oferta que a petroquímica brasileira havia anunciado em 17 de dezembro, uma vez que considerou o valor muito baixo. A operação é avaliada em US$ 290 milhões.