Revolução das small caps: as 7 ações que subiram até 96% em dia de forte queda da bolsa

Se no Ibovespa apenas duas ações subiram mais de 3%, fora do índice diversos papéis tiveram valorização muito forte nesta quinta-feira

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – Mesmo em uma quinta-feira (18) de queda de mais de 2% do Ibovespa, nem todo mundo perdeu no mercado brasileiro. No índice, apenas 2 ações subiram mais de 3%, mas o que chamou atenção foi o forte movimento de algumas small caps, com ganhos que beiraram os 100%.

Foi o caso da IGB Eletrônica (IGBR3) – antiga Gradiente -, que nas últimas semanas estava mais “tranquila” após o resultado do julgamento de seu caso conta a Apple pelo uso da marca iPhone.

Nesta sessão, porém, sem motivo aparente, os papéis da companhia dispararam quase 100% com um forte volume financeiro de R$ 4,873 milhões.

Continua depois da publicidade

Outro caso foi a Tecnosolo (TCNO4), que além de saltar mais de 20% e fechar na máxima do dia, registrou um volume financeiro quase 20 vezes maior que a média, em R$ 228,80 mil.

A Mills (MILS3) também foi uma small cap que chamou atenção, chegando a subir 12% na máxima do dia e volume duas vezes maior que a média, de R$ 6,750 milhões.

Com ganhos menores, mas ainda bem expressivos, teve a Paranapanema (PMAM3), que chegou a subir 9,72% na máxima do dia. O volume, por sua vez, chegou a R$ 6,010 milhões, cinco vezes maior que a média de 21 dias.

Continua depois da publicidade

A hora de investir em ações é agora: abra uma conta na Clear com taxa ZERO de corretagem!

A Forjas Taurus (FJTA3; FJTA4) teve nova alta em meio à expectativa de que, se Bolsonaro for eleito, deve encaminhar um projeto para reformular o estatuto do desarmamento, o que pode aumentar a demanda de armas por parte de civis. 

Por outro lado, vale destacar a análise de que o candidato do PSL já repetiu diversas vezes que, se eleito, vai “quebrar o monopólio da Taurus” no mercado de armas brasileiro. Ou seja, na verdade, a empresa sairia perdendo em caso de vitória de Bolsonaro. 

Publicidade

Já a empresa de tecnologia de varejo Linx (LINX3) disparou após anunciar o lançamento de uma subcredenciadora própria, a Linx Pay. A novidade foi criada dentro do laboratório de inovação da companhia e vem competir em um mercado cada vez mais povoado de pequenos players.

Sem maquininha própria – por enquanto -, a Linx Pay tem soluções para o varejo incluindo captura, gerenciamento e liquidação de transações, além de emissão de cupons fiscais, gateway de pagamentos, entre outros. As transações serão realizadas nos terminais da Rede, que já era parceira da empresa. O público-alvo inicial são varejistas pequenas e médias, com faturamento a partir de R$ 30 mil por mês. 

No setor de açúcar e álcool, destaque para a Biosev (BSEV3), que chegou a disparar 13%. Ontem a Reuters informou que as pragas em Maharashtra (o segundo maior estado da Índia produtor de açúcar) pode levar a uma queda da produção no país.

Continua depois da publicidade

Analistas do Credit Suisse avaliam que apesar da noticia ser positiva para a commodity, não parece ser suficiente para levar um déficit de produção global na safra de 2018/19. Além disso, a recente valorização do real parcialmente compensa esse movimento, afirmam. “Teríamos que ver uma redução ainda maior de produção de açúcar na Índia para ficarmos mais otimistas com o setor”, concluem.

A hora de investir em ações é agora: abra uma conta na Clear com taxa ZERO de corretagem!

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.