Minerva cai mais de 3% após negar proposta de OPA; Petrobras e Eletrobras recuam de olho no STF

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quinta-feira (23)

Lara Rizério

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ibovespa acelerou as perdas ao longo do pregão desta quinta-feira (23) seguindo o clima volátil do mercado norte-americano, onde os índices voltaram a operar no negativo de olho no discurso presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que ocorre amanhã no simpósio de Jackson Hole. Com isso, o dólar também voltou a subir forte, superando a marca de R$ 4,12.

Minerva (BEEF3)

A Minerva disse não ter recebido proposta da Salic UK sobre OPA. Na terça-feira, a ação da empresa subiu até 12% na abertura da B3 com a notícia do Estadão de possível compra de controle e fechamento de capital da empresa.

Petrobras (PETR3; PETR4) e Eletrobras (ELET6; ELET3)

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, marcou para 28 de setembro a audiência pública para discutir a venda do controle acionário de empresas públicas, sociedades de economia mista e de suas subsidiárias.

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Em junho, o ministro proibiu a venda de estatais que significasse perda do controle por parte do governo, sem aval do Congresso, medida que gerou insegurança sobre os processos de privatizações, levando a Petrobras, por exemplo, a suspender – mas não cancelar – processos de venda de subsidiárias. Ainda não há previsão de quando o assunto será analisado e a liminar segue valendo.

Usiminas (USIM5)

A Usiminas colocou à venda sua participação de 70% na Musa (Mineração Usiminas), informa duas fontes ouvidas pelo jornal Valor Econômico. A japonesa Sumitomo, que detém os 30% restantes da Musa, já manifestou interesse em aumentar sua participação, aponta o jornal. Os rumores é de que há pelo menos quatro interessados, incluindo fundos soberanos e a também japonesa Mitsui, e a transação é estimada em pelo menos R$ 1 bilhão. 

A Usiminas confirmou nesta quinta-feira a contratação do banco BTG Pactual para assessorá-la em alternativas sobre o futuro de sua joint-venture de mineração em Minas Gerais. Contudo, a companhia disse que “não há, até o momento, nenhuma decisão tomada quanto a qualquer eventual operação envolvendo a sua participação societária na Musa”.

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Klabin (KLBN11)

A Klabin avalia que a depreciação do real ante o dólar é bem-vinda para exportadores, conforme informações da Bloomberg. Segundo Gustavo Sousa, diretor financeiro da Klabin, a alta da moeda norte-americana poderia redirecionar pelo menos 300 mil toneladas de papel para consumidores estrangeiros com câmbio mais atrativo e enquanto demanda doméstica ainda é lenta.

Cesp (CESP6)

O fundo soberano de Cingapura (GIC) está interessado no leilão de privatização da elétrica paulista Cesp, agendado pelo governo de São Paulo para 2 de outubro, assim como a gestora de recursos Squadra Investimentos, disse uma fonte com conhecimento das conversas, à Reuters, na quarta-feira. Vale ressaltar que, no pregão de fechamento da véspera, a Cesp passou a subir forte em meio a essa notícia, fechando com ganhos superiores a 3%. 

Santander (SANB11)

O Santander decidiu descontinuar a divulgação de projeções. De acordo com o banco, foi traçado em 2015 um plano estratégico com previsões para o fim de 2018, mas elas acabaram sendo atingidas antes do prazo.

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“Por este motivo, entendemos que, dado o atingimento antecipado dessas projeções, estas não mais refletem nosso cenário atual. Nosso desempenho reforça a sustentabilidade e a recorrência do nosso modelo de negócios, com foco nos clientes e maior geração de valor aos acionistas”, disse a companhia.

Porto Seguro (PSSA3)

Os analistas do Santander elevaram o preço-alvo das ações do Porto Seguro de R$ 34 para R$ 53, o equivalente a potencial de alta de 55,5%. A avaliação é de que o “bom desempenho operacional recente deve continuar” e que o risco de competição não é uma ameaça imediata e as características da empresa devem dar suporte para valorizações. Apesar disso, a recomendação underperform (abaixo da média de mercado, o equivalente a compra) foi mantida.

Bradesco (BBDC4)

Nos próximos meses, o Bradesco pretende concluir um acordo com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para encerrar uma investigação envolvendo suas operações de meios de pagamento (Cielo). De acordo com o Cade, bancos como o Bradesco (e outros) são acusados de usar a trava bancária.

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Octavio de Lazari, presidente do Bradesco, comentou que não tem necessidade prender o cliente para sempre e que, como parte de seu acordo com o Cade, está verificando esse sistema. O Bradesco oferecerá duas opções aos seus clientes, uma vez que a transação seja liquidada, a trava pode terminar automaticamente ou se o cliente desejar ele poderá permanecer. O Bradesco provavelmente pagará uma multa e estima-se que será semelhante àquela paga pelo Itaú/Redecard, no valor de R$ 21 milhões.

Carteira do Bradesco BBI

Os analistas do Bradesco BBI retiraram as ações de Iochpe e Usiminas de sua carteira recomendada e adicionaram GPA e Gerdau ao portfólio, com recomendação de compra. 

CSN (CSNA3)

As ações da CSN negociam “ex-dividendos” a partir desta quinta-feira. O valor por ação é de R$ 0,6448 e o provento será pago a partir de 30 de agosto deste ano.

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Valid (VLID3)

O conselho de administração da Valid aprovou a venda de 30% da subsidiária Valid Card Nigeria para a Atlas Connect Innovations, por até US$ 500 mil. O valor será pago em parcelas, acrescida de 6,5% ao ano, devendo o preço e os juros acumulados serem pagos pela compradora com dividendos e outros benefícios financeiros.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.