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Em relação às receitas cambiais, o valor chegou a US$ 4,9 bilhões, também um recuo de 14,3% sobre o período anterior, informou o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
No ano safra 2017/18, o café arábica representou 86,4% das vendas totais do produto. No entanto, a entidade destaca a alta nos embarque do tipo robusta, que registrou forte elevação de 140,9% no ano safra 2017/18, quando foram enviadas ao exterior 278.425 sacas.
“O desempenho poderia ter sido cerca de 5% melhor, se não fosse a forte redução de oferta do café conilon, causada por questões climáticas que afetaram as safras de 2014/15 e 16. A queda na produção criou uma expectativa junto aos produtores que resultou na elevação de preços, ficando em patamares superiores aos praticados pelo mercado internacional e inibindo a exportação”, destaca, em nota, o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.
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Considerando apenas o mês de junho, o país exportou 2.470.289 sacas de café, crescimento de 12,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, com receita cambial de US$ 363,4 milhões, queda de 1% em relação a junho de 2017.
Destaque aqui para a entrada da variedade conilon (robusta) cujos volumes foram superiores ao mesmo período dos dois anos anteriores, demonstrando a importante recuperação dessa variedade, prejudicada pela forte estiagem ocorrida no Espírito Santo em 2015/16. Além disso, reflete também o escoamento dos volumes não embarcados no mês de maio, devido à greve dos caminhoneiros.
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Com resultado menor neste ano safra, o presidente do Cecafé projeta resultados positivos para o próximo ciclo. “Diante das estimativas para a próxima safra, que indicam um número recorde de 58 milhões de sacas, segundo a Conab, devemos fechar o ano civil com uma boa performance e, certamente, vamos recuperar o espaço perdido no mercado consumidor no exterior”.