Petrobras aprova subvenção, JBS conclui emissão de US$ 500 mi, 3 recomendações e mais 7 notícias

Confira as principais notícias das empresas brasileiras nesta volta de feriado

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Confira as principais notícias das empresas brasileiras nesta sexta-feira (1), volta de feriado:

Petrobras (PETR4)
A diretoria executiva da estatal aprovou, em reunião extraordinária realizada na véspera, a adesão à primeira fase do programa de subvenção econômica ao preço do diesel. Nesta primeira fase, além da redução no preço do diesel para R$ 2,1016 feita pela Petrobras, o governo promoverá redução de mais R$ 0,07, para R$ 2,0316, até 7 de junho. A adesão à primeira fase não vincula a companhia à segunda fase, a começar após essa data. Nesta sessão, o mercado também deve acompanhar atento à reunião entre o presidente da companhia, Pedro Parente, e o presidente Michel Temer, às 11h (horário de Brasília).

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A coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, informou que avançaram conversas dentro dos ministérios de Minas e Energia e Fazenda sobre a adoção de uma base de cálculo diferente para os preços dos combustíveis. A ideia seria mitigar a volatilidade. Diz o jornal que a principal tese é a que prevê a contabilização de perdas e ganhos sobre os valores dos combustíveis por um determinado período — possivelmente, um mês — para que, só ao final, a média seja repassada ao consumidor.

A Petrobras informou ontem que todas as unidades da estatal operam normalmente e que a paralisação dos petroleiros, iniciada na quarta-feira, 30, caminha para o fim. “A greve já foi encerrada em mais de 95% das unidades”, informou a companhia em comunicado, acrescentando que, onde ainda é necessário, equipes de contingência estão atuando. “Não há impacto na produção nem risco de desabastecimento”, garantiu a estatal.

Na manhã da última quinta, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) orientou os sindicatos filiados a suspenderem a greve, seguindo decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que considerou o movimento ilegal e determinou aplicação de multa em caso de descumprimento. Primeiro, foi estabelecida penalidade de R$ 500 mil por dia, mas o valor seria depois elevado a R$ 2 milhões diários.

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Eletropaulo (ELPL3)
A Enel venceu uma batalha altamente disputada pela Eletropaulo, com uma oferta de R$ 45,22 por ação que superou a de R$ 39,53 da Neoenergia, controlada pela espanhola Iberdrola. Os envelopes foram abertos na noite de quarta-feira na B3. A Enel já possui três empresas de distribuição nos estados do Rio de Janeiro, Ceará e Goiás, com mais de 10 milhões de clientes.

A guerra de lances transformou a Eletropaulo, distribuidora de energia que atende o maior mercado consumidor do Brasil, em uma das concessionárias de eletricidade mais procuradas da América Latina. A saga começou com uma oferta em 5 de abril da Energisa. Mais de meia dúzia de ofertas adicionais foram feitas até o final de abril – incluindo algumas no mesmo dia pelas empresas europeias.

À certa altura, a Enel divulgou uma carta aos jornais brasileiros, reclamando de um acordo que daria preferência à Iberdrola em uma oferta de ações que foi posteriormente cancelada pela Eletropaulo. A Iberdrola foi à Comissão Europeia, alegando que a Enel estava usando sua condição de empresa estatal para obter vantagem competitiva. A Energisa retirou sua oferta pela Eletropaulo em 4 de maio.

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Os acionistas avaliarão o lance no leilão marcado para 4 de junho. Cada um deve decidir individualmente se aceita a oferta. É preciso uma maioria simples para que o negócio seja concretizado.

Para Francisco Soto, chefe da área de ações da Tanner Corredores de Bolsa em Santiago, o valor oferecido pela Enel é caro, dentro de um setor sujeito a regulação e diante da incerteza trazida pelas eleições no Brasil. As ações da Enel Americas recuaram ontem em Santiago. Na avaliação da Bloomberg Intelligence, a oferta da Enel avalia a Eletropaulo com múltiplo Valor da Firma/Ebitda de 11,2x, muito acima das demais empresas do setor na América Latina.

Siderúrgicas

O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta quinta-feira, a imposição de tarifas sobre a importação de metais de alguns de seus aliados mais próximos. A gestão do presidente Donald Trump decidiu cobrar uma taxa de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio da União Europeia e dos vizinhos Canadá e México, que suprem cerca de metade da demanda norte-americana. A medida tem efeito à meia-noite desta quinta. Esses países estavam isentos da cobrança de tarifas, anunciada em março por Trump. A decisão foi mal recebida pelo mercado, levando ao recuo dos principais índices acionários globais.

Os ADRs das companhias siderúrgicas brasileiras chegaram a operar em alta durante boa parte do feriado em Wall Street, com os papéis da Gerdau chegando a subir mais de 2%. Os Estados Unidos mantiveram a isenção de tarifas de aço e alumínio de Brasil, Argentina e Austrália, argumentando que os três países aceitaram adotar medidas para reduzir o volume exportado para solo americano. Porém, ao final do dia, os ADRs das siderúrgicas brasileiras perderam força.

Eletrobras (ELET6)
O TCU (Tribunal de Contas da União) aprovou por unanimidade o edital de privatização das seis distribuidoras da Eletrobras no Norte e Nordeste. Ao todo, sete ministros votaram a favor do voto do relator, ministro José Múcio Monteiro. Com a decisão, a expectativa é que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)  publique o edital de venda das seis empresas em um prazo entre uma semana e dez dias. Uma resolução do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) será publicada antes disso para acatar as determinações propostas pelo TCU ao edital.

Braskem (BRKM5)
A companhia informou ao mercado que, em função das restrições logísticas decorrentes da greve dos caminhoneiros, “vem reduzindo gradativamente a taxa de utilização de suas centrais petroquímicas no país, operando hoje em aproximadamente 50% de sua capacidade no Brasil”. Com a normalização das restrições logísticas, a Braskem disse que retomará suas operações de forma gradual. Ainda no noticiário da companhia, destaque para a alteração de recomendação sobre seus papéis pelo HSBC, com elevação para “compra” e preço-alvo de R$ 58.

JBS (JBSS3)
A companhia anunciou que concluiu a emissão de US$ 500 milhões em títulos de dívida, com vencimento em outubro de 2022, ao custo da taxa de Libor mais 2,5%. Segundo a processadora de proteína animal, os recursos serão destinados ao pagamento de dívida nos Estados Unidos e para as necessidades usuais de fluxo de caixa. Ainda de acordo com fato relevante, a demanda pela emissão foi 2,5 vezes superior ao montante originalmente previsto, de US$ 450 milhões.

Marfrig (MRFG3)
A companhia informou que algumas plantas já retomaram as operações após a paralisação dos caminhoneiros.

Comgas (CGAS5)
A Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) autorizou o reajuste anual de tarifas da Comgas em até 21%, dependendo do segmento de mercado e volume de consumo. De acordo com comunicado da companhia, no segmento residencial, a alta da tarifa vai de 3,4% a 8%. Para comércio, a variação é de 5,8% a 12,9%, ao passo que na indústria fica entre 13% e 21% e a tarifa de GNV (Gás Natural Veicular) cai 1,06%.

Estácio (ESTC3)
A companhia teve seus papéis elevados para recomendação de “manutenção” pelo HSBC, com preço-alvo de R$ 28.

Notre Dame Intermedica (GNDI3)
As ações da companhia tiveram cobertura iniciada com avaliação “outperform” pelos analistas do Bradesco BBI. O preço-alvo de R$ 28 implica potencial de alta de 30% em relação ao último fechamento.

(com Agência Estado e Bloomberg)

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.