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SÃO PAULO – O último pregão do primeiro semestre de 2018 começa com ânimo nas principais bolsas mundiais, com destaque para a alta na Europa em meio ao acordo sobre imigração. Nos EUA, atenção para uma bateria de dados econômicos enquanto que, por aqui, o noticiário sobre estatais com decisões do STF e TCU podem contribuir negativamente. Vale destacar que, no domingo, serão realizadas eleições no México, o que pode ter influência nos ativos de emergentes. Confira no que ficar de olho nesta sexta-feira (29):
1. Bolsas mundiais
As bolsas europeias e o S&P futuro sobem, enquanto euro se fortalece após líderes europeus fecharem acordo sobre imigração. Os principais pontos do consenso foram a criação de centros de controle para receber os migrantes em países voluntários e o aumento do financiamento a países como Turquia e Marrocos, com objetivo de conter o grande fluxo migratório da região.
Já as bolsas asiáticas fecharam em alta nesta sexta-feira, último dia útil do segundo trimestre, à medida que os mercados da China exibiram uma forte recuperação após acumularem fortes perdas em meio a disputas comerciais entre Pequim e Washington. Ao longo de junho, porém, o Shanghai e o Shenzhen tiveram desvalorização de 8% e 9%, respectivamente. Além disso, ambos os índices ficaram no vermelho pelo terceiro trimestre consecutivo, o que não acontecia desde 2011. Apenas o Xangai sofreu um tombo de 10% no segundo trimestre.
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Na quarta-feira (27), os EUA assumiram tom mais ameno na “guerra comercial” ao anunciar que eventuais restrições a investimentos estrangeiros irão se basear na legislação existente, indicando que a Casa Branca não pretende tomar uma postura mais dura em relação à China especificamente, o que sustentou a melhora nos últimos pregões para os mercados asiáticos.
No mercado de commodities, o petróleo WTI tem quarta alta seguida, acima de US$ 73. O cobre e níquel sobem em Londres, enquanto as mineradoras sobem no Stoxx 600.
Às 8h09 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:
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*S&P 500 Futuro (EUA) +0,29%
*Dow Jones Futuro (EUA) +0,38%
*Nasdaq Futuro (EUA) +0,36%
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*DAX (Alemanha) +1,04%
*CAC-40 (França) +1,13%
*FTSE (Reino Unido) +0,75%
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*FTSE MIB (Itália) +1,05%
*Xangai (China) +2,20% (fechado)
*Nikkei (Japão) +0,15% (fechado)
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*Petróleo WTI -0,27%, a US$ 73,25 o barril
*Petróleo brent +1,27%, a US$ 78,84 o barril
*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian +1,50%, a 474 iuanes (nas últimas 24 horas)
*Bitcoin US$ 5.913 -3,23%
R$ 23.317 -3,25% (nas últimas 24 horas)
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2. Agenda de indicadores
A agenda de indicadores é movimentada, com atenção para a taxa de desemprego de maio divulgada pelo IBGE às 9h que, segundo estimativa mediana da Bloomberg, irá para 12,6%, leve queda ante o dado anterior de 12,9%. Já o resultado primário do setor público deve mostrar déficit de R$ 12,4 bilhões no mês de maio, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, após superávit de R$ 2,9 bilhões no mês anterior. O Banco Central divulga o resultado às 10h30 e comenta os dados em coletiva de imprensa às 11h. O BC também faz leilão de venda de títulos públicos de R$ 5 bilhões com compromisso de revenda em 9 meses e o Tesouro Nacional comenta relatório mensal da dívida de maio em entrevista coletiva, às 15h.
No exterior, os EUA divulgam às 9h30 PCE, os dados de renda e gastos pessoais de maio, além dos dados de sentimento do consumidor elaborado pela Universidade de Michigan às 11h. À noite, mais precisamente às 22h, a China revelará os dados do PMI de manufatura de junho.
3. Conexão Brasília na IMTV
O programa Conexão Brasília desta semana se debruça sobre o complexo jogo de negociações que antecede o início do período oficial de campanhas eleitorais. Enquanto as pesquisas mostram um cenário de estagnação na corrida presidencial, as articulações nos bastidores são intensas e podem distribuir cartas no processo que se inicia partir de agosto.
Quais são as estratégias e desafios dos principais candidatos à presidência? Qual será o peso das estruturas sobre o resultado da disputa? Como esse jogo influenciará na gestão da coalizão do futuro governo eleito? Para tentar responder a essas e outras perguntas, o programa recebe João Villaverde, analista sênior de Brasil da Medley Global Advisors (MGA), e Paulo Gama, analista político da XP Investimentos. O bate-papo é transmitido ao vivo, a partir das 14h45, pela IMTV e página do InfoMoney no Facebook. Confira a grade completa da IMTV clicando aqui.
4. Notícias do dia
Os pedidos de liberdade de Lula seguem sendo o foco do noticiário dos jornais, após o ministro do STF Edson Fachin mandar o pedido ao plenário. Segundo o jornal, Cármen Lúcia decidirá sobre data do julgamento; hoje é última sessão do STF antes do recesso de julho; até a noite desta quinta, jornal diz que não havia ainda uma decisão. Ainda segundo o Estado, o envio ao plenário teria sido uma manobra de Fachin para evitar nova derrota na 2ª turma.
As movimentações para a corrida eleitoral também movimentam o cenário. Segundo o jornal Correio Braziliense, dirigentes do PSB dão como certo o apoio à candidatura presidencial de Ciro Gomes (PDT). Em conversa ocorrida ontem, governadores pressionaram o partido a unir forças com o pedetista e evitar a “carreira solo” nas eleições de outubro, aponta o jornal. À publicação, a assessoria de imprensa do PSB disse que “nenhuma decisão será efetivamente tomada sem que haja reunião da Executiva Nacional”.
5. Noticiário corporativo
Segundo informações do jornal O Globo, a liminar do ministro Ricardo Lewandowski sobre privatizações afetou a Eletrobras, mas teria foco na parceria entre Embraer-Boeing. Também atingida, a elétrica disse que adotará medidas necessárias para venda da Ceal, que foi barrada por decisão do ministro do Supremo. Se não puder vender distribuidoras da Eletrobras, o governo teme ter de liquidar empresas, destaca a coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
Enquanto isso, o Bradesco BBI aponta que o leilão de cessão onerosa este ano pode ser inviabilizado depois que o Tribunal de Contas da União mudou a regra sobre as vendas de ativos estatais. No momento, não se sabe se os termos do TCU poderiam ser negociados; se não, é uma notícia negativa para os gatilhos positivos de curto prazo da Petrobras.
Fora do radar do STF e do TCU, destaque para a Vale, que terá linhas de crédito de até US$ 53 milhões para a Samarco e que recebeu US$ 690 milhões de transações de streaming de cobalto.
(Com Agência Estado e Bloomberg)