Bitcoin está barato? Dois indicadores mostram qual a melhor hora para comprar criptomoedas

Índices foram feitos pelo analista pioneiro de Wall Street em moedas digitais, Thomas Lee, e pela agência Reuters

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Tudo que o investidor mais quer saber é quando é a melhor hora para comprar ou vender um ativo. E no mundo das criptomoedas isso é ainda mais importante dada a volatilidade que elas têm, e agora dois novos índices de sentimento foram lançados para tentar aproximar todos da hora perfeita para entrar ou sair destes investimentos.

O primeiro é o “índice da miséria”, criado pelo co-fundador do Fundtrat Global Advisors, Thomas Lee, um dos primeiros analistas de Wall Street a fazer relatórios sobre criptomoedas. Neste indicador, a ideia é mostrar como está o humor do mercado e, quanto mais baixo mais na “miséria” estão os investidores e melhor é o momento para compra.

Na última sexta-feira, o indicador estava em 18,8 em uma escala de 100, mostrando que o “donos de bitcoin estão miseráveis”, segundo Lee disse à CNBC. Este é o menor valor desta escala desde 6 de setembro de 2011. “Nas últimas quatro vezes que o indicador foi abaixo de 27 […] não houve uma única vez que o bitcoin não subiu 12 meses depois”, disse Lee.

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O “índice da miséria” é semelhante a muitos outros indicadores de sentimento, que são contrários. Ou seja, quanto mais baixo está o índices, melhor o momento para compra, e vice-versa. Neste caso, o dado leva em conta fatores como o número de negócios vencedores em relação a todos os negócios, e também a volatilidade do mercado.

Já nesta segunda-feira (12) foi a vez do grupo Reuters lançar seu próprio indicador. Neste caso, o índice é feito em parceria com a MarketPsych Data, que faz buscas em centenas de sites de notícias e em redes sociais para avaliar o sentimento do mercado, buscando boas oportunidades para comprar ou vender criptomoedas.

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A MarketPsych irá examinar mais de 400 sites, muitos deles específicos sobre moedas digitais, para pegar o sentimento e mudanças de humor do mercado, disse a Reuters. O mundo do bitcoin e das outras moedas está muito na internet, onde investidores conversam em fóruns e sites sobre quando e como operar neste mercado.

Recentemente tem se feito muita ligação sobre o preço do bitcoin com a quantidade de buscas feitas no Google, por exemplo. “As notícias e as mídias sociais estão impulsionando o processo de investimento e gerenciamento de riscos mais do que nunca com o contínuo aumento das negociações passivas e quant”, disse Austin Burkett, chefe global de Quant e Feeds da Reuters.

Nenhum indicador conseguirá ser preciso sobre os fundos e topos, mas cada vez os analistas estão acompanhando o sentimento do mercado como forma de encontrar as melhores oportunidades. E no mundo do bitcoin e outras criptomoedas isso tem se mostrado uma grande estratégia.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.