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SÃO PAULO – Um dos principais fatores ligados à alta recente das bolsas norte-americanas também está gerando uma grande dor de cabeça no mercado sobre o futuro dos preços. No período em que os yields dos Treasuries de 10 anos subiram de 2% para 3%, o S&P 500 entregou seu melhor desempenho, mas agora, conforme os juros da dívida chegaram neste patamar, as bolsas começam a cambalear.
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E segundo o Goldman Sachs, isso pode piorar se os rendimentos subirem demais. Em relatório para clientes, o banco destacou que se os yields chegarem a 4,5% até o fim deste ano, pode haver uma catástrofe no mercado de ações, podendo levar a uma queda de 20% a 25% nos preços.
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O cenário-base do Goldman aponta para um rendimento de 3,25% no final de 2018, embora um “teste de estresse” indique que uma alta até 4,5% levaria a uma forte queda das ações, diz o relatório assinado pelo analista Daan Struyven. Além disso, a economia também sofreria uma forte desaceleração neste cenário, apesar de não entrar em recessão.
Apesar da visão catastrófica do Goldman, alguns analistas acreditam que o mercado tem potencial para seguir em alta enquanto os Treasuries não superem os 3,5%. Para Savita Subramanian, estrategista do Bank of America, o potencial de queda dos preços aumenta somente após os yields superarem a marca de 3%.
Nesta segunda-feira (26), os rendimentos dos títulos do Tesouro americano registram queda, voltando para 2,838%, enquanto os três principais índices acionários sobem entre 0,50% e 0,80%.