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SÃO PAULO – O primeiro dia da semana termina com um noticiário corporativo bastante agitado. Chama atenção a Petrobras anunciando um aumento de mais de 2% na gasolina após o petróleo disparar no exterior nesta segunda-feira (6). Enquanto isso, Smiles e Localiza divulgaram seus resultados superando as expectativas dos analistas. Confira os destaques:
Petrobras (PETR3; PETR4)
O GEMP (Grupo Executivo de Mercado e Preços) da Petrobras decidiu nesta elevar o preço da gasolina em 2,3% e o do diesel em 1,9%. Isso acontece, segundo a estatal, uma vez que, para a gasolina, o limite superior de variação de 7% fixado pela política de preços da companhia para decisões da área técnica foi atingido. O reajuste entra em vigor à meia noite desta terça-feira (7).
“O reajuste foi causado principalmente pelo aumento das cotações dos produtos e do petróleo no mercado exterior, influenciado pela geopolítica internacional, assim como pela continuidade da política de contenção da oferta pela Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep). Além disso, verificou-se uma depreciação do valor do real frente ao dólar”, disse a companhia.
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Nesta sessão, o petróleo disparou mais de 2% em Nova York e mais de 3% em Londres, após ação anticorrupção na Arábia Saudita, que fortalece o poder do príncipe Mohammed bin Salman, favorável a cortes de produção pela Opep. O comitê anticorrupção da Arábia Saudita decretou no último domingo (5) a prisão de 11 príncipes, quatro ministros e dezenas de ex-ministros, todos acusados de desvios de dinheiro.
Por conta da disparada do petróleo – e também no minério de ferro -, o dólar comercial afundou nesta segunda, caindo 1,45% e voltando para R$ 3,25, em sua maior queda diária desde 19 de maio.
Smiles (SMLE3)
A Smiles encerrou o terceiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 339,5 milhões, resultado 134,6% acima dos R$ 144,7 milhões registrados um ano antes. O mercado esperava um lucro de R$ 153,7 milhões, segundo dados compilados pela Bloomberg. A receita líquida, por sua vez, avançou 10,7%, para R$ 440,8 milhões, ficando abaixo da projeção dos analistas de R$ 465,2 milhões.
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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) recuou 1,7%, para R$ 163,0 milhões. Já a receita com resgate de milhas atingiu R$ 423,5 milhões, alta de 13,6% ante o mesmo período de 2016. Os resgates de milhas (quando os prêmios são efetivamente amortizados) são a principal fonte de receita da empresa.
De acordo com a empresa, o acúmulo de milhas do programa entre julho e setembro apresentou crescimento de 65,0% em relação ao mesmo período de 2016, impulsionado pelo crescimento no acúmulo das milhas oriundas de bancos, varejo e serviços de 40,7% e da nova dinâmica de acúmulo na Gol, onde o cliente que voa com a Gol acumula mais milhas por real gasto, apresentando um crescimento de 52,4% em um ano.
Por outro lado, as despesas operacionais da Smiles subiram 6%, o que, segundo a empresa tem relação com três fatores: (i) aumento de R$ 2,8 milhões em despesas com pessoal (consolidado entre despesas comerciais e administrativas), associado principalmente ao maior número de colaboradores; (ii) ao aumento das despesas comerciais de R$ 3,3 milhões, principalmente em decorrência das despesas associadas ao processamento de cartões de crédito; e (iii) do aumento de R$ 700 mil nas despesas com serviços de informática, contabilizadas nas despesas administrativas.
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Localiza (RENT3)
A Localiza fechou o terceiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 139,5 milhões, resultado 34,3% acima dos R$ 103,9 milhões registrados um ano antes, e um novo recorde trimestral da companhia. O resultado ficou levemente acima do que o mercado esperava, com um lucro de R$ 132,0 milhões, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Em seu release, a empresa afirmou que, enquanto a alta do Ebitda afetou positivamente o lucro, houve um aumento de R$25,7 milhões nas despesas financeiras líquidas, em função do aumento da dívida líquida, principalmente em razão dos investimentos para compra de 49.051 carros e na aquisição da Hertz por R$ 360,1 milhões. Este efeito, porém, foi parcialmente compensado pela queda na taxa básica de juros.
A receita líquida, por sua vez, avançou 39,2%, para R$ 1,56 bilhão, contra uma projeção dos analistas de R$ 1,4 bilhão. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), ficou em R$ 332,2 entre julho e setembro, um avanço de 31,8% em um ano, superando a expectativa do mercado, que era de R$ 301,6 milhões.
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Apesar do Ebitda acima do esperado, a companhia informou que fez um ajuste de R$ 21,5 milhões referente a custos não recorrentes relacionados à aquisição das operações da Hertz Brasil e da integração de 17 agências franqueadas.
Enquanto isso, a frota da divisão de aluguel de carros cresceu mais de 39 carros em 12 meses, o que equivale a 44,7%, enquanto a divisão de gestão de frotas avançou em mais de 10 mil veículos no mesmo período, alta de 29,7%.
Marcopolo (POMO4)
A Marcopolo encerrou o terceiro trimestre deste ano com lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 13,7 milhões, queda de 92,3% em relação ao lucro de R$ 177 milhões registrado no mesmo intervalo de 2016. De acordo com a empresa, o lucro foi afetado pela contabilização de R$ 34,8 milhões como “outras despesas operacionais”, entre os queis estão os custos relacionados ao incêndio que atingiu a unidade Ana Rech, em Caxias do Sul, no valor de R$ 17,7 milhões.
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A companhia afirma que estas despesas também impactaram o Ebitda, que ficou em R$ 24,1 milhões entre julho e setembro, uma queda de 91,8% em um ano. A margem Ebitda, por sua vez, caiu de 41,6% para 3,3% no mesmo período. Já a receita líquida fechou em R$ 736,8 milhões, alta de 4%.