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SÃO PAULO – O mercado está cada vez mais dividido sobre a probabilidade de o Banco Central imprimir um ritmo mais agressivo de cortes nos juros a partir da próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), marcada para o fim de maio. Após a divulgação da terceira desaceleração seguida da inflação e no menor IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para abril desde 1998, o movimento dos contratos de DIs na BM&F aponta para um crescimento das chances de corte de 125 pontos-base, na Selic, hoje fixada em 11,25% ao ano.
Até o fechamento da última terça-feira (9), o mercado precificava 56% de chance de corte de 100 pontos na taxa básica de juros na próxima reunião entre os diretores BC, contra 44% de probabilidade entendida para uma redução de 125 pontos-base. Com a divulgação dos novos dados de inflação e o avanço da pauta da reforma da Previdência na Câmara, as chances de um corte mais agressivo nos juros cresceram.
Às 9h58 (horário de Brasília) desta quarta-feira (10), os contratos de juros futuros com vencimento em janeiro de 2018 caíam 3 pontos-base, a 9,29%, ao passo que os DIs com vencimento em janeiro de 2021 recuavam 3 pontos-base, a 9,82%. Com esse movimento, o diretor de operações da Mirae Asset, Pablo Spyer, chama atenção para 47,5% de chance para um corte de 125 pontos-base na Selic, contra 52,5% de probabilidade estipulados para um recuo de 100 pontos.
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Economistas consultados semanalmente pelo Banco Central na pesquisa Focus projetam a Selic a 8,5% ao ano em 2017 e 2018.