BRF cria grupo de qualidade após ‘Carne Fraca’; vitória da Vale na Justiça e mais notícias no radar

Confira os principais destaques corporativos da noite desta sexta-feira

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Apesar de menos agitado, o noticiário da noite desta sexta-feira (24) tem novidades importantes em relação a Vale, que conseguiu importante vitória no Tribunal de Nova York. Além dela, atenção para a Cesp, BRF e CCR. Confira os destaques:

Vale (VALE3; VALE5)
A Vale anunciou que o Tribunal Distrital dos Estados Unidos no Distrito Sul de Nova York emitiu decisão julgando extinta a ação com relação à maior parte dos pedidos aduzidos contra ela e o Diretor-Presidente Murilo Ferreira.

“A pequena parte da ação que permanece é limitada a algumas declarações relativas à mitigação de risco que constaram nos Relatórios de Sustentabilidade da Vale em 2013 e 2014, e declarações isoladas a respeito da responsabilidade da Vale pelo rompimento da barragem de Fundão, feitas durante uma única conferência telefônica em novembro de 2015”, explicou a companhia em nota.

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CCR (CCRO3)
A CCR informou que seu acionista minoritário João Carlos de Magalhães indicou Mailson da Nóbrega para participar de uma eleição em separado – prevista para 11 de abril – ao cargo de membro efetivo do conselho de administração da empresa. Mailson foi, entre 1988 e 1990, ministro da Fazenda e já ocupou por duas vezes o cargo de secretário-geral da pasta.

Atualmente, ele é sócio e diretor da Tendências Consultoria Integrada, empresa de consultoria econômica e política, e é membro do conselho de administração de Grendene, Banco Pine, Rodobens Negócios Imobiliários, Cosan e Fertilizantes Heringer.

BRF (BRFS3)
A BRF criou um grupo para reatestar adesão a padrões internacionais como reflexo das acusações contra ela na Operação Carne Fraca. O grupo certificador de qualidade tem assessoramento de profissionais do setor e laboratório de testes de qualidade e segurança, segundo informou a companhia.

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A empresa também criou comitê especial de resposta, liderado pelo ex-ministro Luiz Fernando Furlan, que também é ex-presidente do conselho da Sadia. A apuração interna está a cargo do comitê de auditoria, disse a BRF, com mandato para conduzir uma investigaçào independente.

Cesp (CESP6)
A Companhia Energética de São Paulo (Cesp) registrou um lucro líquido de R$ 25,562 milhões no quarto trimestre de 2016, revertendo o prejuízo de R$ 360,67 milhões anotado em igual etapa de 2015. No ano, o ganho consolidado da geradora paulista foi de R$ 305,095 milhões, ante prejuízo de R$ 61,357 milhões reportado no ano anterior.

Segundo a companhia, o resultado se deve, entre outros motivos, à redução de despesas, principalmente com energia comprada e encargos setoriais, incluindo o uso do sistema de transmissão, a diminuição de despesas com pessoal, material, serviços de terceiros e outras, a redução em provisões registradas na rubrica outras despesas líquidas (ante provisão ativo contingente de R$ 580,8 milhões das usinas Ilha Solteira e Jupiá, em 2015); e pela valorização do real perante o dólar americano no exercício.

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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ficou em R$ 37,908 milhões entre outubro e dezembro, somando R$ 585,773 milhões no ano, em relação aos R$ 310,8 milhões negativos reportados nos últimos três meses de 2015 e aos R$ 909,88 milhões reportados no ano anterior. O Ebitda ajustado pela provisão para riscos legais e ativo contingente ficou em R$ 165,38 milhões no quarto trimestre, totalizando R$ 911,678 milhões no ano, o que corresponde a queda de 52,8% e 47,6% na comparação com o anotado nos respectivos períodos do exercício anterior. A margem Ebitda ajustado recuou 1,6 ponto porcentual no trimestre, para 47,9%, e 4,3 p.p. no ano, para 54,6%.

A receita operacional somou R$ 345,4 milhões entre outubro e dezembro, uma redução de 51,2% em relação aos R$ 707,9 milhões do mesmo período do exercício anterior. Em 12 meses, a receita alcançou R$ 1,668 bilhão, baixa de 43,5%.

Conforme destacou a companhia, a redução na receita é reflexo da menor garantia física da companhia em 2016, decorrente do término da concessão, em 7 de julho de 2015, das usinas Ilha Solteira e Jupiá, bem como o término, no segundo semestre de 2016, do período de “operação assistida” destas usinas, no regime de cotas.

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O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 9,64 milhões no quarto trimestre de 2016, ante R$ 533 mil positivos um ano antes. No acumulado em 12 meses, 2016 gerou uma receita financeira líquida de R$ 135,3 milhões, ante R$ 358,7 milhões negativos de 2015.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.