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A expectativa de uma supersafra de soja no Brasil e na Argentina tem derrubado os preços do grão. No mercado futuro, em Chicago, o vencimento para maio caiu 1,54% e fechou em US$ 9,75 o bushel, o menor nível desde setembro do ano passado. Só na semana passada, o preço no mercado futuro acumulou queda de 2,43%. Ainda assim, o valor atual é superior ao praticado no mesmo período do ano passado, quando a soja era comercializada a US$ 8,93 o bushel.
A desvalorização tem relação com a nova estimativa de safra para o Brasil, que subiu para 110 milhões de toneladas, e com o bom andamento da colheita na Argentina. Agora, o mercado espera a intenção de plantio de soja na temporada 2017/2018 nos Estados Unidos, que vai ser divulgada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na sexta-feira, dia 31. No último relatório, apresentado em fevereiro, o órgão projetou uma área de 35,6 milhões de hectares.
A Operação Carne Fraca no Brasil é outro fator que gera expectativa no mercado da soja. Segundo analistas, os embargos à carne brasileira devem favorecer a pecuária norte-americana, aumentando a demanda pelo farelo de soja e sustentando os preços da oleaginosa no mercado internacional.
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Este cenário de expectativa tem influenciado os preços no mercado interno. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), a cotação da soja em Mato Grosso caiu 3,31% na última semana, com média de preço de R$ 53,79 a saca. No Paraná, de acordo com o indicador Cepea/Esalq, a oleaginosa fechou cotada nesta segunda-feira (27) em R$ 62,46 a saca, queda de 0,83% em relação ao fechamento da última sexta-feira (24).
