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Acordo firmado entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a empresa Koppert prevê o investimento de R$ 20 milhões em pesquisas dedicadas ao desenvolvimento de novas soluções de controle biológico de pragas e doenças no campo.
Internacionalmente, a utilização do controle biológico na agricultura tem aumentado entre 15% e 20% ao ano. De acordo com a Fapesp, o acordo, com duração prevista de dez anos, é o primeiro assinado pela fundação voltado exclusivamente ao controle biológico na produção agrícola.
A iniciativa prevê a realização de uma chamada de propostas de pesquisas nos próximos meses, e a criação de um Centro de Pesquisa Aplicada em Controle Biológico, na esfera do Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE), da Fapesp.
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Segundo os parceiros, o acordo tem como proposta impulsionar o desenvolvimento de um modelo de controle biológico apropriado às características da agricultura brasileira, que apresenta plantios ininterruptos de diferentes culturas em grandes extensões, com o desenvolvimento de novas cultivares e o frequente surgimento de pragas.
De acordo com a Fapesp e a Koppert, a pesquisa e o desenvolvimento em controle biológico avançaram no Brasil nos últimos anos. No entanto, diferentemente de países de clima temperado, no Brasil, o controle biológico é feito em áreas abertas e extensas, fazendo com que sua utilização dependa de alta tecnologia – o que envolve conhecimento, produtos de alta qualidade e tecnologia de aplicação.
Nesse sentido, o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, destaca que as pesquisas deverão resultar em maior conhecimento sobre os macrorganismos (insetos e ácaros) e os microrganismos (bactérias, vírus, protozoários e nematóides) presentes na biodiversidade brasileira com potencial de uso no controle de pragas e doenças em diferentes culturas.