Cemig compra fatia do BTG na Light; acordos da Petrobras com investidores e mais no radar

Confira os principais destaques corporativos da noite desta quarta-feira

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo da noite desta quarta-feira (16) é bastante agitado com os esclarecimentos de Petrobras e CSN sobre notícias veiculadas na imprensa, além da informação de que a Cemig irá comprar a fatia do BTG na Light. Confira os principais destaques desta noite:

Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras afirmou em comunicado na noite desta quarta-feira (16) que está avaliando novos acordos com investidores com a intenção de eliminar incertezas, ônus e custos associados à continuidade das disputas judiciais contra a companhia. “A conclusão de qualquer acordo dependerá da aprovação da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração e, tão logo seja confirmada, será objeto de divulgação”, disse a estatal.

A nota foi divulgada para esclarecer uma notícia do Valor Econômico de hoje, que afirma que a Petrobras avançou nas negociações com investidores individuais que reclamam de prejuízos com ações da companhia e deverá fechar novos acordos até o fim do ano que representam cerca de 70% do volume reclamado por acionistas que dizem ter sido prejudicados por fraudes na companhia que foram reveladas no âmbito da Operação Lava-Jato.

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Cemig (CMIG4)
A estatal mineira Cemig, controladora da elétrica Light, vai comprar uma fatia detida pelo banco BTG Pactual na empresa e buscará ainda novos sócios para a concessionária, que é responsável pela distribuição de energia em parte do Rio de Janeiro e possui ativos em geração.

O diretor de relações com investidores da Cemig, Fabiano Maia Pereira, disse em teleconferência com investidores nesta quarta-feira que o BTG decidiu exercer imediatamente uma opção de venda de sua parcela na Light, enquanto os demais sócios financeiros da empresa –Banco do Brasil, BV Financeira e Santander– têm até o final de 2017 para exercer suas opções.

Esses agentes financeiros entraram como sócios na Light por meio de um fundo de investimentos, o FIP Parati, mas com uma opção que obriga a Cemig a encontrar novos sócios ou comprar suas participações caso queiram sair do negócio.

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“A parte do BTG já estava no caixa e a gente está fazendo… nós nos organizamos para isso”, disse Pereira, sem detalhar valores. De acordo com informações do balanço da Cemig, a companhia teria até 30 de novembro para comprar a fatia do BTG ou encontrar um comprador. 

 Segundo ele, a Cemig está se preparando para tentar resolver a saída dos demais sócios antes do prazo limite. “A intenção é que a gente faça o mais rápido possível, não use todo o prazo de até final do ano que vem”, afirmou Maia, sem dar previsões.

Ele disse ainda que a Cemig pretende antecipar parte dos pagamentos que seriam devidos aos sócios restantes no caso de saída, o que poderia envolver cerca de um terço do valor necessário caso a companhia fosse recomprar essas participações.

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Segundo Pereira, a ideia da Cemig é realizar uma reorganização societária da Light, com a saída desses agentes, mas sem deixar o controle da companhia. A Equatorial chegou a afirmar que teria interesse na aquisição da Light, mas somente se pudesse exercer o controle da elétrica, uma possibilidade que a Cemig voltou a negar nesta quarta-feira.

CSN (CSNA3)
Em resposta à matéria do Estadão, que afirma que a companhia desistiu de vender ativos para procurar um novo sócio, a CSN afirmou que “estuda diversas alternativas para reduzir seu grau de alavancagem, dentre as quais a possível revisão do portfólio de seus ativos, o que pode, inclusive, considerar a entrada de novos sócios nas empresas do grupo”.

Além disso, a empresa reiterou que o plano de desalavancagem (que inclui venda de ativos/entrada de sócios) já foi amplamente divulgado pela Companhia, inclusive em suas notas explicativas. Por outro lado, a siderúrgica deixou claro que não existe, neste momento, qualquer negociação em andamento que mereça divulgação ao mercado.

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Copel (CPLE6)
A estatal paranaense Copel já se prepara para disputar leilões de concessão para a construção de novas linhas de transmissão de energia em 2017, afirmou o presidente da divisão de geração e transmissão da companhia em teleconferência com investidores nesta quarta-feira.

De acordo com Sérgio Lamy, o retorno desses empreendimentos está “extremamente mais favorável” após as últimas elevações de receita autorizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ele disse que a Copel só não participou de um certame realizado no final de outubro porque prevê que haverá linhas mais adequadas a seu planejamento nas licitações de 2017.

Com Reuters

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.