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SÃO PAULO – O corte de rating do Brasil pela Standard & Poor’s anunciado nesta quarta-feira (17) foi mais cedo do que esperavam os analistas do Barclays, mas este pode não se único rebaixamento feito pela S&P em 2016. De acordo com relatório divulgado nesta tarde, a expectativa é que a agência corte a nota do Brasil novamente até o final deste ano.
“Como acreditamos que o processo de impeachment pode durar até o terceiro trimestre, muito provavelmente após as eleições de meio de mandato, em outubro, a agência pode rebaixar novamente [o Brasil], já que a base de apoio do governo (e da presidente Dilma Rousseff) provavelmente será mais fraca até lá”, disseram os analistas.
Além disso, o Barclays disse esperar que a Moody’s rebaixe o País até o final deste trimestre (para Ba1) e Fitch corte a nota do Brasil novamente (para BB) até o final do segundo trimestre.
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No relatório, os analistas afirmam que o rebaixamento de hoje não deve mudar o plano de ação do governo e nem dar qualquer sentido de urgência ao Congresso. “Aprendemos com o curso do ano passado que os agentes políticos não são sensíveis a ações de rating”, disseram destacando que “a mensagem de hoje da S&P não deve aumentar a vontade de aprovar medidas fiscais”.
“Também é improvável que o governo se apresse a apresentar novas medidas. O movimento já era esperado para acontecer em algum momento este ano, e a falta de medidas materiais apresentadas até agora indicam que o governo pode até mesmo não ter qualquer plano para ser apressado”, completaram.
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