Publicidade
SÃO PAULO – O mercado de ações normalmente atrai investidores pelos potenciais de ganhos mais elevados, infinitos, mas alimenta repulsa dos não iniciados também por conta dos riscos proporcionais de cada operação — mais difíceis de se mensurar ou muito mais elevados quando comparados aos da renda fixa. No entanto, engana-se quem imagina que o mundo do sobe e desce das ações jamais poderá ser compatível com um perfil de investidor relativamente conservador. Não são poucos aqueles que entram na Bovespa em busca de ações que se destacam pela generosa remuneração a quem nelas aposta.
Hoje, as próprias consultorias financeiras, corretoras e casas de análise oferecem aos seus clientes recomendações de carteiras focadas nos proventos, sejam eles dividendos ou juros sobre o capital próprio. Para auxiliar no processo de tomada de decisão desse tipo de investidor que gosta de beber da fonte do megainvestidor da Bovespa Luiz Barsi, a consultoria Economatica desenvolveu um estudo que mostra quais foram as companhias que melhor remuneraram seus acionistas em 2015, adotando como critério o valor por ação e o respectivo yield, todos considerando cotação do fechamento do último pregão do ano anterior.
Do lado das melhores pagadoras de JCP, os destaques ficaram com Banco do Brasil, Bradespar e BM&Bovespa, com respectivos yields de 7,22%, 6,24% e 5,93, ao passo que as que mais pagaram dividendos em proporção ao valor de suas ações foram Cesp, Fibria e Santander Brasil, com yields de 20,78%, 11,60% e 9,81%, nessa ordem. Os resultados reforçam uma aposta antiga de que companhias dos setores elétrico e de telecomunicações e bancos são generosos na distribuição de seus resultados com os acionistas.
Continua depois da publicidade
Confira o ranking das 20 maiores pagadoras de proventos em 2015 na Bovespa:
Empresa | Ticker | Setor | Dividendos + JCP (R$/ação) | Dividend yield |
Cesp | CESP6 |
Energia elétrica |
4,854 | 20,78% |
Santander Brasil | SANB11 | Bancos | 0,517 | 12,68% |
Fibria | FIBR3 | Papel e celulose | 3,880 | 11,60% |
Banco do Brasil | BBAS3 | Bancos | 2,062 | 9,89% |
BM&FBovespa | BVMF3 | Bolsa de valores e commodities | 0,799 | 8,28% |
Bradespar | BRAP4 | Administração de empresas e empreendimentos | 1,034 | 8,15% |
Telefônica Brasil | VIVT4 | Telecomunicações | 4,091 | 7,48% |
Qualicorp | QUAL3 | Saúde | 1,894 | 7,02% |
Itaúsa | ITSA4 | Administração de empresas e empreendimentos | 0,508 | 5,86% |
MRV | MRVE3 | Construção civil | 0,388 | 5,55% |
BB Seguridade | BBSE3 | Seguros | 1,675 | 5,53% |
Vale | VALE5 | Mineração | 0,975 | 5,40% |
Cetip | CTIP3 | Serviços financeiros | 1,730 | 5,08% |
Natura | NATU3 | Comércio de beleza | 1,593 | 5,03% |
Cemig | CMIG4 | Energia elétrica | 0,451 | 4,99% |
Smiles | SMLE3 | Outros serviços de apoio | 2,178 | 4,96% |
Itaú Unibanco | ITUB4 | Bancos | 1,493 | 4,80% |
Bradesco | BBDC4 | Bancos | 1,388 | 4,73% |
Vale | VALE3 | Mineração | 0,975 | 4,67% |
Braskem | BRKM5 | Indústria química | 0,606 | 4,64% |
Fonte: Economatica
Leia também:
Continua depois da publicidade
InfoMoney atualiza Carteira para fevereiro; confira
Analista-chefe da XP diz o que gostaria de ter aprendido logo que começou na Bolsa