Petrobras pagará R$ 2,2 bi para ANP, novo IPO e mais 4 notícias agitam a noite

Fique por dentro das novidades do mercado depois do encerramento do pregão desta segunda-feira

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Semana começou “confusa” na Bolsa, com o Ibovespa oscilando durante todo o dia após o resultado do referendo na Grécia. Encerrado o primeiro pregão da semana, o noticiário continuar agitado, com Petrobras, Qualicorp e até uma possível novidade na Bolsa. Confira os destaques:

Petrobras
Petrobras (PETR3PETR4) informou hoje, após o fechamento do mercado, que o Tribunal Arbitral proferiu, no último dia 02 de julho, uma decisão cautelar em relação à arbitragem proposta pela Petrobras a respeito da resolução da ANP (Agencia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustiveis), que considera as concessões de Baleia Anã, Baleia Azul, Baleia Franca, Cachalote, Caxaréu, Jubarte e Pirambu como um único campo a partir do segundo trimestre de 2014.

A decisão cautelar determina que a Petrobras passe a depositar trimestralmente, em favor da ANP, os valores controversos de participação especial. Com base no preço do petróleo e na produção atual dos campos, este montante será de aproximadamente R$ 350 milhões por trimestre. “Embora o montante esteja pendente de confirmação pelas partes, o valor até então estimado pela ANP é de R$ 2,2 bilhões”, disse a Petrobras, ressaltando que “se trata de decisão de natureza preliminar, tendo em vista que os árbitros não decidiram sobre o mérito da matéria”.

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Segundo comunicado da estatal, o Tribunal Arbitral determinou que as partes apresentem: i) o cálculo exato dos montantes correspondentes às diferenças históricas de participação especial apuradas até a data da decisão; e ii) a proposta para depósito dessas diferenças.

Qualicorp 
Em relatório divulgado ontem, o Itaú anunciou que cortou o preço-alvo da Qualicorp (QUAL3de R$ 33 para R$ 27 por causa de uma redução de capital inesperada. No relatório o banco afirmou que a operação pode transformar a companhia em uma distribuidora de dividendos no futuro.

Minerva
Em comunicado ao mercado, a Minerva (BEEF3),  terceira maior processadora de carne bovina do país, informou hoje que fechou nesta segunda-feira o frigorífico do qual é dona em Mirassol D’Oeste (MT). Serão demitidas mais de 701 pessoas com o fechamento da unidade.

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BR Home Centers
O grupo BR Home Centers, que administra lojas de materiais para construção, pediu registro de companhia aberta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Segundo o diretor de relações com investidores da companhia, Guilherme Aguinaga, o plano é pedir registro para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) logo que as condições de mercado melhorem.

Além da BR Home Centers, a empresa de soluções de tecnologia para o setor financeiro BRQ também aguarda aprovação da CVM para ter o registro de companhia aberta.

Tractebel
A Tractebel (TBLE3) informou nesta segunda-feira que contratou a assessoria MKP para coordenar uma possível venda de unidades de propósito específico. O lote inclui a Eólica Beberibe, que tem aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para explorar o Parque Eólico Beberibe, com capacidade instalada de 25,6 MW. 

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Segundo a Tractebel, a operação faz parte da estratégia de otimização do parque gerador, que visa a permitir a expansão em ativos que ofereçam maior grau de sinergia entre eles.

Duratex
A Duratex (DTEX3) afirmou nesta segunda-feira que está revendo seu planejamento estratégico, diante da fraca atividade econômica do país. “As metas de crescimento estão mantidas e irão se ajustar ao comportamento da economia”, afirmou a companhia, que produz painéis de madeira e louças sanitárias.

Dentre desse quadro, a Duratex informou que o início da construção de nova fábrica no Triângulo Mineiro vai depender da retomada do crescimento do mercado interno.

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A companhia disse ainda que contratou consultoria para ajudá-la com um plano de redução de custos num horizonte de três anos.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.