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SÃO PAULO – A PF (Polícia Federal) e o MPF (Ministério Público Federal) obtiveram aval da Justiça para buscar recursos do empresário Eike Batista e de suas companhias no exterior. Isso de forma a compor o montante de R$ 3 bilhões em bens bloqueados de Eike e de sua família.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o rastreamento será feito com o apoio do governo brasileiro, com a cooperação em países como Uruguai, Panamá, Suíça e ilhas Cayman.
Na semana passada, a Justiça Federal do Rio de Janeiro, através de decisão do juiz Flávio Roberto de Souza, determinou o bloqueio dos bens do empresário Eike Batista, de seus dois filhos mais velhos, Thor e Olin, de sua ex-esposa Luma de Oliveira e da mãe do seu filho caçula, Flávia Sampaio.
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O documento judicial destaca que os dois filhos mais velhos de Eike, além de Luma e Flávia, foram beneficiados com doações do empresário. Em 2013, quando os problemas aumentaram na EBX, Eike doou oito imóveis aos filhos Olin e Thor, com valor declarado de R$ 20 milhões e R$ 179 milhões à Flávio Sampaio, aos filhos e a três funcionários. No mesmo ano, ele enviou R$ 1,2 bilhão a ilhas Cayman.
Sérgio Bermudes, advogado de Eike, afirmou que Eike não possui recursos no exterior: “podem procurar à vontade”, afirmou.
Eike é acusado de falsidade ideológica, formação de quadrilha, indução do investidor ao erro, uso de informação privilegiada e manipulação de mercado. Havia um processo somente pela prática desses dois últimos crimes. No entanto, estão sendo unificados outros processos correlatos, com denúncias que ampliaram as acusações.