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A Liga Forte União celebrou um avanço histórico na comercialização dos direitos de transmissão do futebol brasileiro ao apresentar aos clubes filiados os resultados financeiros da temporada 2025. A reunião, realizada no fim da semana passada, consolidou um dos ciclos mais relevantes da entidade e reforçou o peso do modelo coletivo dentro dos negócios do esporte.
Somente com a venda dos direitos de TV, a LFU garantiu um incremento de R$460 milhões em relação a 2024. O crescimento também foi percebido na média individual. Cada clube passou a receber cerca de 55% a mais em receitas de televisão, um salto relevante em um cenário tradicionalmente marcado por concentração de recursos e forte desigualdade entre as equipes.
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Integram a LFU clubes como Corinthians, Vasco, Fluminense, Internacional, Cruzeiro, Botafogo, Athletico PR, Fortaleza, Goiás, Cuiabá, América MG, Juventude, Ceará, Sport e Avaí. A composição reúne equipes de diferentes regiões e perfis de mercado, o que amplia o impacto econômico do novo modelo de negociação coletiva adotado pela liga.
Durante o encontro, a entidade apresentou todas as contas do processo de comercialização. Um dos principais destaques foi a redução da diferença entre os clubes que mais e menos arrecadaram com direitos de TV. Essa relação ficou em 1,97x, a menor já registrada, contra 6,25x em 2024. O dado é visto como um avanço relevante na busca por maior equilíbrio financeiro e competitividade no futebol brasileiro.
“Os resultados apresentados mostram uma transformação concreta. Avançamos em equilíbrio, com uma distribuição mais justa e sustentável alinhado às melhores práticas do futebol mundial”, afirmou Marcelo Paz, presidente da LFU. Segundo a liga, a diminuição da disparidade reforça a sustentabilidade do modelo e cria um ambiente mais favorável para o desenvolvimento dos clubes no médio e longo prazo.
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Os dirigentes também destacaram os efeitos positivos do novo arranjo sobre o planejamento financeiro e esportivo. “O crescimento médio nas receitas de TV e a redução das diferenças entre os clubes representam um marco para o futebol brasileiro. Esse novo momento da LFU nos dá mais previsibilidade, capacidade de planejamento e força coletiva”, analisou Alessandro Barcelos, presidente do Internacional.
A estratégia de negociação conjunta dos direitos de transmissão se consolida como um dos pilares centrais da atuação da entidade, com os clubes no papel de protagonistas dentro do negócio do esporte.
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Para 2026, cada uma das ligas existentes no cenário terá dez clubes. Além da LFU, a Libra também contará com dez integrantes após a subida do Remo e a continuação do Vitória e do Santos, que estiveram ameaçados durante o Nacional.