Publicidade
A Vivara (VIVA3) anunciou na quinta-feira (11) que Thiago Lima Borges assumirá como CEO, substituindo o Ícaro Borrello, enquanto Cassiano Lemos da Cunha substituirá o Bruno Kruel como novo COO, com efeito imediato. Segundo a empresa, a decisão resulta de uma movimentação planejada conduzida pelo Conselho nos últimos meses, inclusive com o envolvimento de uma consultoria especializada para conduzir o processo de seleção. Às 11h (horário de Brasília), as ações da rede de joalherias subiam 5%, a R$ 35,91.
O JPMorgan vê a mudança como positiva para fortalecer a capacidade de execução da companhia, dada a ampla experiência em varejo dos executivos escolhidos. O banco também avalia que o ciclo de mudanças na gestão, que havia levantado preocupações de governança nos últimos meses, deve estar chegando ao fim.
A equipe do JPMorgan destaca a chegada de Borges, que possui um forte histórico no varejo, com 20 anos de experiência e passagens relevantes por SmartFit e Azzas 2154, antiga Arezzo. Já Lemos atuou na Richards e posteriormente na Arezzo, onde ocupou a posição de COO e liderou projetos voltados à eficiência de estoques, exatamente um dos pilares do caso de investimento da Vivara hoje.
Não perca a oportunidade!

Ibovespa Hoje Ao Vivo: Confira o que movimenta Bolsa, Dólar e Juros nesta sexta
Índices futuros dos EUA operam mistos

Motiva (MOTV3): o que a vitória no leilão da Fernão Dias representa para as ações
Bradesco BBI não espera impacto relevante na alavancagem consolidada, o que deve permitir a participação em novos leilões
Embora alguns possam se sentir desconfortáveis com as mudanças na gestão, a XP Investimentos também classificou o anúncio coma positivo, pois faz parte do processo de retorno de Paulo e Marina ao negócio. A casa destaca ainda a experiência robusta e o histórico consistente de execução de ambos os executivos.
Na mesma linha que os dois bancos, o Bradesco BBI vê a nomeação de Borges como positiva, dado seu histórico no setor de varejo e reconhecimento pelo mercado. “Apesar de mais uma mudança no C-level (Alta Administração) parecer exaustiva, entendemos a decisão do Conselho de Administração da Vivara como parte da nova fase estratégica iniciada em 2025, com maior foco em governança e alinhamento aos minoritários”, comenta o banco.
Nesse contexto, o BBI acredita que, à medida que Borges e Lemos consolidem suas funções, os controladores devem reduzir a atuação executiva e concentrar-se no Conselho.
Continua depois da publicidade
O Goldman Sachs, por sua vez, pontua que o know-how de ambos executivos pode contribuir de forma significativa na Vivara, tanto no negócio principal, onde o nível de estoques tem sido um ponto de atenção recorrente para o mercado, quanto na expansão orgânica da Life.
Avaliação
Com a ação sendo negociada a 9,7 vezes o lucro estimado para 2026, o JPMorgan reiterou classificação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para Vivara, com preço-alvo de R$ 36.
O Goldman Sachs reitera recomendação de compra para VIVA3, com preço-alvo de R$ 38. O banco avalia que a companhia oferece exposição a um segmento com demanda relativamente protegida, além de apresentar forte momentum de resultados no curto prazo, impulsionado pelo uso dos estoques atuais para sustentar ganhos de margem em um ambiente de repasse de preços no setor. A XP Investimentos também manteve recomendação de compra.
O BBI manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 36,00, porém, aguardando sinais de execução e estabilidade na gestão para reavaliar as perspectivas.