Reação ao Copom, auxílio-desemprego nos EUA, varejo no Brasil e mais destaques hoje

InfoMoney reúne as principais informações que devem movimentar os mercados nesta quinta-feira (11)

Felipe Moreira

Consumidora no Centro de São Paulo (Foto: REUTERS/ Paulo Whitaker)
Consumidora no Centro de São Paulo (Foto: REUTERS/ Paulo Whitaker)

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Após as decisões do Copom e do Federal Reserve (Fed) amplamente em linha com a expectativa dos mercados, as atenções nesta quinta-feira (11) se voltam para os dados de auxílio-desemprego nos EUA, projetados em 220 mil. Outro dado relevante da agenda americana é o resultado balança comercial de setembro, que deve registrar déficit de US$ 63,3 bilhões.

No campo corporativo, após decepção com resultados da Oracle ontem, que alimentaram temores com o estouro da bolha de inteligência artificial, investidores aguardam os balanços de Costco, Broadcom e Lululemon.

Por aqui, o Copom manteve a taxa Selic em 15% ao ano. No exterior, o Fed reduziu os juros em 0,25 ponto percentual, levando a taxa básica americana para o intervalo entre 3,50% e 3,75%. Nenhum dos dois sinalizou claramente os próximos passos. Powell falou em possível “pausa”, sem descartar um corte em janeiro. No Brasil, apesar do tom hawkish, as revisões de inflação sugerem que o IPCA pode chegar ao centro da meta no horizonte relevante já na primeira reunião de 2026.

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Na agenda doméstica, os dados em destaque são as vendas no varejo de outubro, que devem apresentar uma retração de 0,1% na leitura mensal e de 0,2% na comparação anual.

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Agenda

Às 10h40, Lula participa de uma visita seguida da cerimônia de inauguração do Centro de Radioterapia do Hospital Nossa Senhora das Dores, em Itabira (MG), na Avenida João Soares Silva. No início da tarde, às 14h15, o presidente visita estandes de ministérios e participa da cerimônia de abertura da Caravana Federativa.

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Mais cedo, às 9h, o Secretário-Executivo da Fazenda, Dario Durigan, e presidente do TCU, Vital do Rego, participam de seminário sobre arcabouço fiscal na Câmara.

Brasil

EUA

INTERNACIONAL

Fed

O Federal Reserve cortou a taxa de juros nesta quarta-feira (10) em 0,25 ponto percentual, para a banda entre 3,5% e 3,75%, enquanto as autoridades lidam com as lacunas nos dados econômicos causadas pela recente paralisação do governo e trabalham com visões sobre os riscos enfrentados pela economia.

A decisão foi em linha com o esperado pelo mercado e aconteceu em uma votação dividida, mas sinalizou que provavelmente fará uma pausa em reduções adicionais nos custos de empréstimos, enquanto os responsáveis pela política monetária aguardam sinais mais claros sobre a direção do mercado de trabalho e da inflação, que “permanece um pouco elevada”.

BC da Suíça

O banco central suíço manteve as taxas de juros em 0%, citando uma inflação ligeiramente menor do que a esperada, segundo informações do CNBC. O crescimento econômico global foi mais forte do que o esperado no terceiro trimestre, afirmou o Banco Nacional Suíço em comunicado, observando que “as tarifas americanas e a incerteza em relação à política comercial afetaram a economia global, mas o desenvolvimento econômico em muitos países tem se mostrado mais resiliente do que se supunha”.

Conversas construtivas

O Representante Comercial dos EUA (USTR, em inglês), Jamieson Greer, sinalizou nesta quarta-feira, 10, que houve avanço nas negociações comerciais com o Brasil, ao participar de sessão de perguntas e respostas em evento do Atlantic Council. Segundo ele, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Donald Trump, dos EUA, tiveram “conversas construtivas sobre o comércio recentemente”, citando como exemplo a inclusão do Brasil nas isenções tarifárias sobre cacau e café.

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Conselho de Paz de Gaza

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que um anúncio sobre quais líderes mundiais farão parte do Conselho de Paz de Gaza deve ser feito no início do próximo ano.

Durante evento econômico na Sala Roosevelt da Casa Branca, Trump disse a jornalistas que vários líderes querem fazer parte do conselho, criado nos termos de um plano que estabeleceu um frágil cessar-fogo entre Israel e os militantes do Hamas em Gaza.

BRASIL

Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu nesta quarta-feira (10) manter em 15% ao ano a Selic, a taxa básica de juros da economia. A decisão já era amplamente esperado pelo mercado e foi unânime. Essa é a quarta reunião consecutiva em que a autarquia mantém o nível da Selic.

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“Banho de água fria”

O comunicado do Copom pode ter sido um “banho de água fria” para quem estimava um início do ciclo de cortes na próxima reunião, marcada para 27 e 28 de janeiro. O colegiado reafirmou a necessidade de “cautela” diante de um cenário de “elevada incerteza”. Os dirigentes mantiveram a estratégia de juros altos “por período bastante prolongado” a fim de convergir a inflação à meta. De acordo com o Copom, ainda há riscos para a inflação, como a desancoragem das expectativas, a resiliência da inflação de serviços, a conjunção das políticas econômicas interna e externa.

Lei antifacção

O Senado aprovou na noite desta quarta-feira, 10, o projeto de lei antifacção. Como foram feitas mudanças, o texto retorna para uma nova análise da Câmara. O texto-base foi aprovado por 64 votos unânimes, em uma união entre partidos da base do governo Lula e de oposição. O texto endurece penas para organizações criminosas, cria novas fontes de financiamento para o combate ao crime e fortalece ações contra a lavagem de dinheiro.

PL da dosimetria

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode vetar o projeto da dosimetria, aprovado na Câmara nesta terça-feira (9), que reduz as penas de Jair Bolsonaro e outros envolvidos nos atos golpistas. Segundo aliados do presidente ouvidos pela Folha de S.Paulo, a tendência é que Lula vete o projeto de forma integral.

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Glauber Braga

O Plenário da Câmara dos Deputados decidiu, nesta quarta-feira (10), suspender o mandato do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) por seis meses. Foram 318 votos contra 141. Houve três abstenções.

Assim foi rejeitada a cassação do parlamentar e ele não perdeu os direitos políticos.

Glauber foi acusado, em abril do ano passado, de ter agredido o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), Gabriel Costenaro.

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(Com Reuters e Bloomberg)