O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) confirmou, nesta sexta-feira (5), que será o candidato escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para disputar o Palácio do Planalto nas eleições de 2026.
“É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação”, destaca trecho. “Eu me coloco diante de Deus e diante do Brasil para cumprir essa missão”, conclui.
A indicação ocorre após a prisão de Jair Bolsonaro, que cumpre pena de mais de 27 anos de prisão em um prédio da Polícia Federal em Brasília, pela participação na trama que tentou um golpe de Estado. Bolsonaro já estava inelegível desde 2023, mas tentava reverter a decisão do Tribunal Superior Eleitoral.
O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, reiterou que a escolha de Jair Bolsonaro será respeitada nas eleições de 2026. “Confirmado. Flávio me disse que o nosso capitão ratificou sua candidatura. Bolsonaro falou, está falado. Estamos juntos”, disse Valdemar em mensagem enviada à Reuters.
A escolha contraria a maioria das projeções, que indicavam uma disputa interna entre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o filho Eduardo pela herança do nome político na disputa. Fora da família, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o nome mais forte em busca de apoio.
Segundo O Globo, Bolsonaro avaliaria que seu filho ganhará “musculatura política” a partir do momento em que se comportar como postulante ao cargo e assuma uma agenda de campanha. A avaliação é de que Flávio conta com aliados suficientes para disputar o Planalto.
Senador desde 2019, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) acumula alianças com parlamentares do centro e pode receber o apoio dos governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Cláudio Castro (PL-RJ).
No entanto, sua pré-candidatura não foi bem recebida pelo mercado financeiro, o que fez o dólar registrar ganhos firmes ante o real, o Ibovespa se firmar em queda e as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) dispararem mais de 20 pontos-base. O movimento no Brasil ocorre apesar dos índices de ações em Nova York estarem em alta.