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Maior onda de sucessões já registrada cria 91 bilionários por herança em 2025

Bilionários estão herdando níveis recordes de riqueza e já receberam quase US$ 300 bilhões só este ano, aponta relatório do UBS

Reuters

Pessoas caminham sob iluminação natalina em rua comercial de Zurique, na Suíça
03/12/2022 REUTERS/Arnd Wiegmann
Pessoas caminham sob iluminação natalina em rua comercial de Zurique, na Suíça 03/12/2022 REUTERS/Arnd Wiegmann

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Os cônjuges e filhos de bilionários herdaram mais riquezas em 2025 do que em qualquer ano anterior desde que os relatórios começaram a ser divulgados em 2015, de acordo com o relatório Billionaire Ambitions Report, do UBS, publicado nesta quinta-feira (4).

Nos 12 meses até abril, 91 pessoas se tornaram bilionárias por herança, recebendo coletivamente US$ 298 bilhões, um aumento de mais de um terço em relação a 2024, informou o banco suíço.

‘Esses herdeiros são a prova de uma transferência de riqueza de vários anos que está se intensificando’, disse Benjamin Cavalli, executivo do UBS.

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O relatório baseia-se em uma pesquisa com alguns dos clientes super-ricos do UBS e em um banco de dados que rastreia a riqueza dos bilionários em 47 mercados de todas as regiões do mundo.

Pelo menos US$ 5,9 trilhões serão herdados por filhos de bilionários nos próximos 15 anos, calcula o banco.

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A maior parte do crescimento dessa herança deverá ocorrer nos Estados Unidos, com Índia, França, Alemanha e Suíça em seguida na lista, segundo estimativas do UBS.

Contudo, os bilionários são altamente móveis, especialmente os mais jovens, o que poderia mudar esse quadro, acrescentou.

A busca por uma melhor qualidade de vida, preocupações geopolíticas e considerações tributárias estão impulsionando as decisões de mudança, de acordo com o relatório.

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Na Suíça, onde US$ 206 bilhões serão herdados nos próximos 15 anos, de acordo com o banco, os eleitores rejeitaram no domingo, de forma esmagadora, uma proposta de imposto de 50% sobre fortunas herdadas de US$ 62 milhões ou mais, depois que os críticos disseram que isso poderia provocar um êxodo de pessoas ricas.

A Suíça, os Emirados Árabes Unidos, os Estados Unidos e Cingapura estão entre os destinos preferidos dos bilionários, disse Cavalli, do UBS.

‘Na Suíça, a votação de domingo pode ter ajudado a aumentar novamente o apelo do país’, disse ele.