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No último domingo (19), joias reais expostas no Museu do Louvre, em Paris, foram roubadas à luz do dia, causando um prejuízo estimado em 88 milhões de euros. Porém, esse não foi o único assalto ao museu francês e uma das obras roubadas ficou famosa mundialmente por esse fato: a Mona Lisa.
Os oito itens de joalheria roubados nesta semana incluem uma tiara e brincos do conjunto da rainha Marie-Amélie e da rainha Hortense, do início do século 19. Quatro pessoas invadiram o Louvre usando um guindaste para quebrar uma janela e, em seguida, ameaçaram os guardas, que precisaram evacuar as instalações. Após o roubo, fugiram em motos.
Ao contrário desses criminosos, o homem que roubou a Mona Lisa, em 21 de agosto de 1911, saiu com o quadro dentro de uma mala, sem nenhum tipo de ajuda. O responsável pelo furto foi Vincenzo Peruggia, italiano e ex-funcionário do Louvre.
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Com uniforme dos funcionários, ele se escondeu durante a noite e retirou a pintura na manhã seguinte. O roubo só foi percebido no dia seguinte, saindo em boa parte da imprensa internacional.
Foi exatamente neste momento que a Mona Lisa ficou famosa: durante dois anos, o quadro foi citado vigorosamente e sua imagem estava em todos os jornais, revistas, painéis e até mesmo caixas de leite.
Entre os investigados, Pablo Picasso foi acusado e interrogado por levar a obra de Leonardo Da Vinci. No entanto, a obra foi recuperada em 1913, quando Peruggia tentou vendê-la em um hotel em Florença, Itália.
Em sua defesa, o homem argumentou que queria devolvê-la ao seu país de origem, imaginando que Napoleão Bonaparte havia roubado o quadro. Porém, a pintura foi vendida ainda no século 16 para o rei francês Francisco I.
Ataques à Mona Lisa
Desde o seu retorno ao Louvre, em 1913, a Mona Lisa recebe milhares de visitantes por dia e é altamente vigiada. No entanto, a proteção não impediu que o quadro sofresse alguns ataques ao longo da história — visto que as ações seriam vistas por milhões de pessoas.
Em 1956, a obra sofreu dois: um com uma lâmina de barbear e outro quando um homem boliviano lançou uma pedra, causando danos leves que foram reparados. Depois desses casos, foi adicionada uma cúpula de vidro à prova de balas na parede em que está exposta.
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Já em 1974, durante uma exposição em Tóquio, uma mulher entrou no museu carregando tinta spray vermelha e pulverizou o vidro que protege a Mona Lisa. Graças ao vidro protetor, a obra não foi danificada.
Em Paris, em 2009, uma mulher russa que protestava após ter seu pedido de cidadania francesa negado quebrou uma xícara de chá contra a Mona Lisa, mas o vidro protetor evitou danos.
Treze anos depois, em 2022, um homem espalhou bolo sobre a Mona Lisa em protesto contra as mudanças climáticas, sem causar danos à obra.
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Mais recentemente, em 2024, ativistas ambientais jogaram sopa no vidro à prova de balas que protege a Mona Lisa, como forma de protesto pela agricultura sustentável. A pintura permaneceu intacta.
