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Ibovespa Futuro sobe com aumento do apetite a risco após Powell; BC fica no radar

Os comentários reforçaram as expectativas de mais afrouxamento monetário este ano

Felipe Moreira

Painel na B3, em São Paulo, Brasil, em 17 de dezembro (Bloomberg)
Painel na B3, em São Paulo, Brasil, em 17 de dezembro (Bloomberg)

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O Ibovespa Futuro opera com alta nas primeiras negociações desta quarta-feira (15), com o retorno do apetite por risco mercados internacionais depois de comentários considerados “dovish” do presidente do Federal Reserve (Fed), enquanto o Banco Central deve ficar no foco na cena nacional. Às 9h03 (horário de Brasília), o contrato com vencimento em outubro subia 0,26%, aos 142.260 pontos.

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As ações globais recuperavam parte das perdas recentes e o dólar caía nesta sessão, depois que Jerome Powell deixou aberta na terça-feira a possibilidade de novos cortes na taxa de juros dos Estados Unidos e disse que o fim do esforço prolongado do banco central norte-americano para reduzir o tamanho de seu balanço pode estar se aproximando.

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Os comentários reforçaram as expectativas de mais afrouxamento monetário este ano, com cerca de 48 pontos-base de cortes nos juros precificados até dezembro.

Na pauta nacional, o diretor de Política Monetária​ do BC, Nilton David, palestra em evento do banco Goldman Sachs às 12h. Já o diretor de Assuntos Internacionais, Paulo Picchetti, participa como painelista no seminário da J.P. Morgan às 15h45.

Enquanto isso, a Comissão Mista de Orçamento adiou para esta quarta-feira, às 14h, a votação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano, de acordo com a Agência Senado.

Em Wall Street, o Dow Jones Futuro subia 0,49%, o S&P Futuro avançava 0,64% e o Nasdaq Futuro tinha alta de 0,82%.

Ibovespa, dólar e mercado externo

O dólar à vista operava com baixa de 0,13%, cotado a R$ 5,462 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,38%, a R$ 5,480 pontos.

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam com alta, na contramão das quedas de Wall Street depois que EUA e China trocaram golpes em uma nova disputa comercial.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, criticou na terça-feira a China por não comprar soja, chamando-a de “um ato economicamente hostil”. Ele também ameaçou “retribuição”, como um embargo ao óleo de cozinha.

Os preços ao consumidor na China recuaram além do esperado em setembro, enquanto a deflação nos preços ao produtor continuou, evidenciando os efeitos da demanda interna enfraquecida e das tensões comerciais sobre a confiança de consumidores e empresas.

Os preços do petróleo operam perto da estabilidade após recuarem para a mínima de cinco meses na terça-feira, devido às expectativas de excesso de oferta e ao aumento das tensões comerciais entre EUA e China.

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A Agência Internacional de Energia (AIE) prevê que o mercado global de petróleo terá um excesso de oferta de quase 4 milhões de barris por dia no próximo ano, um aumento de quase um quinto em relação à previsão anterior.

Os investidores também se preparam para novas retaliações entre as duas maiores economias do mundo, já que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que poderia interromper o comércio de óleo de cozinha com a China.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa, impactados por temores com a perspectiva de demanda decorrentes do agravamento da disputa comercial entre Pequim e EUA.

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(Com Reuters e Bloomberg)