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As ações da RD Saúde (RADL3), dona das redes de farmácias Raia e Drogasil, sobem forte após terem a recomendação elevada pelo Bank of America de venda para neutra. O preço-alvo também foi elevado, passando de R$ 14,50 para R$ 21,00, ou avanço de 16% frente o último fechamento.
Com isso, os ativos RADL3 subiram 2,87%, a R$ 18,62, nesta quarta-feira (27). No mês, os ativos sobem cerca de 37%, caminhando para se destacar como a maior alta do Ibovespa no período.
A atualização do BofA reflete estimativas mais otimistas para os lucros da empresa em 2025 e 2026, além de um múltiplo-alvo mais elevado, que passou de 18,5 vezes para 25 vezes o lucro por ação (LPA) projetado para 2026.
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Com base nos resultados do segundo trimestre de 2025, o BofA aumentou suas projeções de lucro líquido para R$ 1,126 bilhão em 2025 e R$ 1,261 bilhão em 2026, reforçando a confiança na capacidade da companhia de enfrentar a concorrência tanto no ambiente online quanto offline, especialmente nas categorias de saúde e cuidados pessoais.
O banco destaca que a empresa deve acelerar o crescimento da receita no segundo semestre de 2025, impulsionada pela maior penetração dos medicamentos da classe GLP-1, que devem registrar crescimento de um dígito médio a alto nas vendas no varejo. Apesar de prever um desempenho inferior ao segmento de saúde, higiene e beleza (HPC), a demanda por medicamentos genéricos deve continuar forte, enquanto os lançamentos de medicamentos de marca, especialmente os GLP-1 (medicamentos que ajudam a reduzir os níveis de açúcar no sangue e promovem a perda de peso), devem contribuir para o aumento da receita.
Além disso, o BofA observa uma tendência de migração das vendas de medicamentos GLP-1 para o canal online, incentivada pelas redes de farmácias para reduzir roubos nas lojas físicas. Medicamentos como Ozempic, Wegovy e Mounjaro estão sendo vendidos com descontos de 5% a 10% no e-commerce, o que também pressiona a consolidação do setor.
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No aspecto operacional, a Raia Drogasil deve apresentar uma margem bruta mais resiliente, mesmo com maiores perdas de estoque previstas para o segundo semestre de 2025. Os recentes cortes nos custos administrativos também devem contribuir para uma maior alavancagem operacional, aumentando as expectativas de rentabilidade.